Alfabetização de Crianças com Autismo para Educadores

4 maio, 2025

Alfabetização de Crianças com Autismo para Educadores


A alfabetização de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) requer práticas pedagógicas diferenciadas, centradas nas necessidades individuais dos alunos. Educadores devem considerar que esses estudantes podem apresentar dificuldades na comunicação verbal, interação social e flexibilidade cognitiva, o que impacta diretamente no processo de aquisição da leitura e da escrita.


É fundamental utilizar estratégias visuais e concretas, como cartazes, pictogramas, histórias sociais e materiais manipuláveis. Métodos estruturados, com rotina bem definida e previsibilidade, favorecem a segurança e o engajamento do aluno autista. O ensino fônico, associado a imagens e reforços positivos, costuma gerar bons resultados.


A personalização do ensino, o uso de interesses específicos da criança como motivadores e a valorização de cada avanço são elementos-chave. Além disso, o trabalho colaborativo com famílias e profissionais de apoio (como fonoaudiólogos e psicopedagogos) enriquece o processo educativo.


Por fim, mais do que ensinar a ler e escrever, alfabetizar uma criança com autismo é proporcionar meios para que ela se comunique, compreenda o mundo e participe dele com autonomia e dignidade.


 

Síndrome de Down e o Tratamento Psicopedagógico

30 abril, 2025

A síndrome de Down é uma condição genética causada pela presença de um cromossomo extra no par 21. Essa alteração genética leva a um conjunto de características físicas e de desenvolvimento específicas, que podem variar de pessoa para pessoa.

Características comuns da síndrome de Down:

 * Características físicas:

   * Hipotonia (diminuição do tônus muscular)

   * Rosto arredondado

   * Olhos oblíquos

   * Pescoço curto

   * Mãos e pés pequenos

   * Prega palmar única

 * Desenvolvimento:

   * Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem

   * Dificuldades de aprendizagem

   * Deficiência intelectual (em graus variados)

 * Saúde:

   * Maior risco de cardiopatias congênitas

   * Problemas de visão e audição

   * Problemas de tireoide

   * Maior risco de infecções

O papel da psicopedagogia no atendimento a pessoas com síndrome de Down:

O psicopedagogo desempenha um papel fundamental no acompanhamento de pessoas com síndrome de Down, auxiliando no desenvolvimento de suas habilidades cognitivas, emocionais e sociais. O trabalho do psicopedagogo visa:

 * Avaliação:

   * Identificar as necessidades e potencialidades de cada indivíduo.

   * Avaliar o desenvolvimento cognitivo, a linguagem, a atenção, a memória e outras habilidades.

 * Intervenção:

   * Elaborar e implementar planos de intervenção individualizados, com atividades e estratégias que estimulem o desenvolvimento global.

   * Trabalhar as dificuldades de aprendizagem, utilizando recursos lúdicos e adaptados.

   * Promover a autonomia e a independência.

   * Auxiliar na inclusão escolar e social.

 * Orientação:

   * Orientar a família e a escola sobre as melhores formas de apoiar o desenvolvimento da pessoa com síndrome de Down.

   * Fornecer informações sobre recursos e serviços disponíveis.

Estratégias psicopedagógicas:

 * Utilização de recursos visuais e táteis para facilitar a aprendizagem.

 * Adaptação de materiais e atividades às necessidades individuais.

 * Estimulação da linguagem e da comunicação.

 * Desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais.

 * Trabalho em parceria com outros profissionais, como fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas.

Importância do acompanhamento:

O acompanhamento psicopedagógico é essencial para que a pessoa com síndrome de Down possa desenvolver todo o seu potencial e alcançar uma vida plena e feliz.

 

Desenvolvimento Infantil

21 janeiro, 2025

DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Por que o que consideramos ser um desenvolvimento 'normal' em crianças pode estar errado?

Como pais, responsáveis e professores, muitas vezes temos a tendência de basear nossa avaliação do desenvolvimento infantil dentro do que compreendemos como sendo "normal".

Muitas vezes, fazemos isso sem pensar, quando destacamos que uma criança está "se saindo bem" em um tema e "atrasada" em outro.

Sempre que fazemos este tipo de comparação, temos algum tipo de referência ou parâmetro em mente. Um bebê deve conseguir escalar a mobília, por exemplo, com dois anos de idade.

Mas os pesquisadores defendem cada vez mais que o mesmo acontece nas pesquisas sobre o desenvolvimento infantil – o estudo do desenvolvimento do comportamento e habilidades das crianças, como a linguagem.

Muitos estudos que afirmam pesquisar o desenvolvimento infantil defendem, de forma implícita ou explícita, que suas conclusões são universais. Isso pode ter diversas razões.

O resultado é que aquilo que é encontrado em um grupo de crianças é considerado o padrão – o parâmetro de comparação para as pesquisas futuras.

Mas a maior parte das pesquisas sobre o desenvolvimento infantil vem dos países ricos do Ocidente, particularmente os EUA, Reino Unido, Holanda, Alemanha e França. Ou seja, se você já ouviu falar em etapas definidas do desenvolvimento infantil, provavelmente elas foram definidas em um destes países.

Tanto é verdade que pode ser difícil realizar pesquisas básicas sobre o desenvolvimento infantil em países em desenvolvimento. Os pares e revisores irão pedir ou até exigir comparações com populações ocidentais, para colocar as descobertas destas regiões dentro do contexto.

Fica claro que, sem perceberem, esses pares e revisores definiram que as crianças ocidentais são o padrão. Mas é justo fazer estas comparações?

Uma das complicações das pesquisas sobre o desenvolvimento infantil é o fato de que elas ocorrem dentro de um contexto sociocultural que não pode ser desconsiderado.

Mas este contexto, muitas vezes, é confuso. Existem diferenças de ambientes físicos, estilos de criação de filhos, localização, clima... E todos estes fatores interagem para definir a forma de crescimento das crianças.

Além destas diferenças, existem também as variações individuais, que podem ser, por exemplo, a curiosidade, a timidez e a neurodiversidade. Todas elas podem definir como a criança forma seu próprio ambiente de aprendizado.

Vamos tomar como exemplo o campo do desenvolvimento motor na infância, que estuda como as crianças aprendem a se movimentar.

Muitos pais talvez conheçam os gráficos que mostram quando eles podem esperar que seus filhos se sentem, engatinhem, fiquem de pé e corram. A existência desses gráficos faz com que eles pareçam quase universais e, muitas vezes, o desenvolvimento motor das crianças é analisado de acordo com eles.

Isso faz sentido. As primeiras pesquisas se preocupavam em descobrir o que era normal, e faz sentido tentar apoiar crianças que estejam correndo o risco de ficar para trás.

O momento e a ordem investigados naquela época geraram as normas e escalas que ainda usamos hoje em dia. Mas será que o tempo de desenvolvimento motor é algo universal?

É fácil imaginar que poderia ser. Quando não existem barreiras físicas ou cognitivas, todos nós aprendemos a sentar e ficar de pé. Por isso, superficialmente, parece razoável dizer que sim.

Mas acontece que o contexto de desenvolvimento das crianças exerce enorme influência, mesmo sobre algo aparentemente universal.

Em países e culturas em que os bebês recebem rotineiramente massagens firmes dos seus cuidadores, como na Jamaica, o desenvolvimento motor é acelerado. Fica claro, portanto, que uma norma desenvolvida em uma cultura pode não ser bem traduzida para outra.

É claro que os problemas destacados acima não são exclusivos do desenvolvimento motor. Em áreas como o desenvolvimento social ou da linguagem, o componente cultural é ainda mais determinante.

Simplesmente não há forma de compreender estes elementos do desenvolvimento infantil sem também entender o contexto em que eles ocorrem.

Cada criança se desenvolve dentro de um contexto e, por mais normal que a nossa cultura pareça para nós, não existe norma objetiva livre de contexto para podermos comparar outras crianças.

Ou seja, precisamos abraçar o caos.

 

Supervisão Clínica em Psicanálise

9 dezembro, 2024
A supervisão clínica em psicanálise é uma prática de ensino-aprendizagem que oferece um espaço seguro para que o psicanalista em formação possa discutir e analisar suas práticas com um supervisor experiente.
A supervisão clínica é considerada um pilar da formação do psicanalista, juntamente com a análise pessoal e o estudo teórico. Ela tem como objetivos.
  • Fornecer um espaço para discutir casos clínicos
  • Refletir sobre as próprias intervenções e sentimentos
  • Explorar a transferência e a contratransferência
  • Aprofundar a compreensão teórica
  • Sanar dúvidas sobre técnicas terapêuticas
  • Desenvolver o raciocínio clínico
  • Elaborar um plano terapêutico

A supervisão clínica pode ser realizada em encontros regulares, individuais ou em grupo, e a frequência pode variar de acordo com o percurso de atuação e das questões trazidas por cada profissional.

A supervisão na psicanálise começou a existir na relação professor/aluno entre Breuer e Freud, em 1883.

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A Importância do Sono para Crianças e Adolescentes

26 novembro, 2024

O sono é fundamental para o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes. Aqui estão alguns pontos importantes sobre a importância do sono nessa fase da vida:

  1. Crescimento e Desenvolvimento: Durante o sono, o corpo libera hormônios de crescimento que são essenciais para o desenvolvimento físico. Isso é especialmente importante para crianças e adolescentes, que estão em uma fase de rápido crescimento.

  2. Desenvolvimento Cognitivo: O sono é crucial para o desenvolvimento do cérebro. Ele ajuda na consolidação da memória, no aprendizado e na capacidade de resolver problemas. Crianças e adolescentes que dormem bem tendem a ter melhor desempenho acadêmico.

  3. Saúde Mental: O sono adequado está associado a uma melhor saúde mental. A falta de sono pode levar a problemas como ansiedade, depressão e irritabilidade. Um bom sono ajuda a regular as emoções e a melhorar o humor.

  4. Sistema Imunológico: O sono fortalece o sistema imunológico, ajudando o corpo a combater infecções e doenças. Crianças e adolescentes que dormem bem têm menos chances de adoecer.

  5. Desempenho Físico: O sono é importante para a recuperação muscular e o desempenho físico. Crianças e adolescentes que praticam esportes ou atividades físicas precisam de um bom sono para melhorar seu desempenho e evitar lesões.

  6. Regulação do Peso: O sono adequado ajuda a regular o apetite e o metabolismo. A falta de sono pode levar ao ganho de peso e a problemas de obesidade, pois afeta os hormônios que controlam a fome e a saciedade.

Para garantir que crianças e adolescentes tenham um sono de qualidade, é importante estabelecer uma rotina de sono regular, criar um ambiente de sono adequado e limitar o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir.


 

Saúde Mental e Exercícios

10 setembro, 2024

✨Saude Mental e Exercícios! ✨


Neste Setembro Amarelo, a coluna conversou com especialistas sobre os benefícios da atividade física para o bem-estar mental. 


Pessoas correndo em pista. Saúde mental e exercício: entenda como prática pode combater doenças como ansiedade e depressão

   

A prática regular de exercícios proporciona uma série de benefícios físicos ao organismo, como ganho de massa muscular, controle de peso, prevenção e combate a doenças, entre outros. No entanto, os efeitos positivos de uma rotina de atividades físicas vão além dos aspectos fisiológicos e contribuem também para o bem-estar psicológico. 


O psiquiatra Pérsio de Deus explica que a relação entre a melhora da saúde mental e a prática de exercícios é consequência de uma reação química. A atividade física resulta na liberação de endorfina — hormônio anestésico que alivia dores e estresse —, estimulando a produção de serotonina, neurotransmissor que promove sensação de prazer e que é capaz de combater transtornos como depressão e ansiedade. 


O especialista destaca que a prática de atividade ainda aumenta a circulação cerebral, contribuindo para a melhora e a prevenção de isquemias, de demências, de esquecimentos, de falta de ânimo e de disposição, piorados pela má circulação nesse órgão.  


A conselheira do Conselho Regional de Educação Física da 5ª Região (CREF5), Maria de Lourdes Lima Ferreira, mestre em Ensino em Saúde, explica que para ter acesso aos benefícios mentais dos exercícios basta seguir a recomendação de frequência da Organização Mundial da Saúde (OMS).


A entidade internacional indica para adultos pelo menos de 150 a 300 minutos de atividade física, de moderada intensidade, por semana. Já para crianças e adolescentes a recomendação é uma média de 60 minutos de exercícios aeróbicos moderados diariamente.


✔️12 benefícios para a saúde mental:

Ao Diário do Nordeste, os dois especialistas listaram alguns efeitos positivos associados à prática regular de exercícios para a melhora da saúde mental. São eles: 


⚡estimulação da liberação de endorfina, que por sua vez aumenta a serotonina no cérebro — substância envolvida nos circuitos de prazer e de redução da depressão;

⚡melhora da microcirculação cerebral, tornando o cérebro mais ativo, diminuindo as chances de desenvolvimento de demência; 

⚡alívio do chamado cérebro lógico, responsável pelo "processamento de informações" e que está constantemente sobrecarregado;

⚡redução de dores musculares e articulares, aumentando a qualidade de vida e o bem-estar do indivíduo;

⚡auxílio do controle do peso corporal, evitando doenças cardiovasculares e diabetes;

⚡aumento da autoestima;

⚡elevação dos níveis de substâncias cerebrais como adrenalina e noradrenalina;

⚡estimulação da regeneração de fibras cerebrais (neurônios);

⚡melhora do foco, da atenção, da disciplina e da ordem, auxiliando pacientes com déficits ou distúrbios de atenção;

⚡exercícios em grupo e atividades coletivas geram interação e sociabilização, que melhoram a saúde psíquica;

⚡alívio de sentimentos negativos, como raiva, ódio e agressividade, principalmente em casos de pessoas que reprimem ou guardam essas sensações;

⚡aumento da temperatura corporal, reduzindo a percepção de estresse.


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Autoestima - 5 Erros que derrubam a autoestima

19 agosto, 2024

Aqui estão cinco erros que derrubam a auto estima:

  • Comparação constante:

Comparar-se constantemente com os outros, especialmente nas redes sociais com certeza é um dos erros que derrubam a auto estima, e pode levar a sentimentos de inadequação. Isso porque cada pessoa é única, com diferentes experiências, habilidades e circunstâncias. Assim, focar demasiadamente nas conquistas alheias pode criar uma visão distorcida de si mesmo.

  • Autocrítica excessiva:

Ser excessivamente crítico consigo mesmo pode minar a autoconfiança. Erros são inevitáveis, entretanto e é importante aprender com eles em vez de se punir. A autocompaixão e o entendimento de que todos cometem falhas são fundamentais sobretudo para manter uma autoestima saudável.

  • Perfeccionismo inatingível:

Estabelecer padrões extremamente elevados e inatingíveis pode levar à constante sensação de insuficiência. É importante acima de tudo, definir metas realistas e reconhecer que ninguém é perfeito. A busca pela excelência é positiva, mas a perfeição absoluta é inalcançável.

  • Aceitação externa excessiva:

Dependência excessiva da aprovação externa pode ser prejudicial. Se a autoestima está vinculada principalmente à opinião dos outros, isso cria vulnerabilidade às críticas e rejeições. É importante desenvolver uma base sólida de autoaceitação independente das opiniões externas.

  • Não cuidar de si mesmo:

Ignorar o autocuidado físico e emocional pode contribuir para uma baixa autoestima. Isso inclui negligenciar a saúde física, não dedicar tempo para atividades prazerosas e não cuidar das necessidades emocionais. Priorizar o bem-estar pessoal é crucial para fortalecer a autoestima.

Desenvolver uma autoestima saudável envolve reconhecer esses padrões e trabalhar para mudá-los. Buscar apoio, seja por meio de amigos, familiares ou profissionais, pode ser fundamental nesse processo.



@psico_pedagogacss

 

Hiperfoco

4 agosto, 2024

Hiperfoco: saiba o que é para fomentar a inclusão de pessoas com TEA

Quando falamos de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), um dos temas recorrentes é o hiperfoco. Mas, afinal, como ele se manifesta? O hiperfoco acontece quando  uma pessoa tem foco intenso em um determinado assunto, a ponto de ignorar completamente ou ‘desligar-se’ de todo o resto. Essa definição está no artigo “Hiperfoco: a fronteira esquecida da atenção”, uma revisão de estudos sobre o tema publicada em 2019 pela revista científica Psychological Research. A publicação também busca diferenciar o hiperfoco daquele interesse, mesmo que exacerbado, que podemos perceber em fãs de futebol ou até mesmo de alguma celebridade. 

Hiperfoco e TEA

O hiperfoco é um fenômeno predominante entre pessoas com TEA ou com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas não é uma característica exclusiva dessas pessoas. 

O foco em questão pode ser em diversos tipos de coisas, em áreas como arte, esportes,  botânica, números e por aí vai. Geralmente, o hiperfoco é relacionado a algo que transmite algum tipo de bem-estar para o indivíduo focado. 

O hiperfoco no autismo lembra uma espécie de “fascínio” ou “fixação” sobre um assunto específico e pode impactar as interações sociais e até mesmo a saúde da pessoa com TEA.  Isso porque esse interesse intenso pode contribuir para o isolamento social, principalmente quando se trata, por exemplo, de interesses muito específicos, como galáxias ou números. 

No caso de crianças, é comum vê-las brincando sozinhas, conectadas em um universo que as interessa muito. De toda forma, é possível alguma conexão ocorrer por este interesse em comum. 

Em pessoas com TDHA, o hiperfoco não necessariamente contribui para o isolamento ou dificuldade das interações – aspecto mais recorrente em pessoas com autismo. 

Inclusão

Não há cura para o hiperfoco e ele também não deve ser visto como um motivo de vergonha. É preciso respeitar as individualidades e fomentar a inclusão, sempre!

Para seguir com o tratamento mais adequado, quanto antes receber o diagnóstico, melhor. Por isso, aos pais que suspeitarem dos sintomas: busquem apoio médico e multidisciplinar. 



 

Psicanálise e Educação

23 julho, 2024
✨A psicanálise e a Educação✨


 O professor espera do aluno um saber que lhe falta, e o aluno, por sua vez, se defende com medo de se ver frustrado no produto do seu trabalho. O aluno se encontra numa relação de poder, sujeito a um desejo inconsciente do professor, que pode chegar a ser bloqueador.

Para Mauco (1979), o educador age sobre a criança muito mais no nível do inconsciente do que do consciente. Ele não age apenas pelo que diz ou pelo que faz, mas sim pelo que é. As relações afetivas acontecem de formas variadas. Cada um procura satisfazer seus desejos inconscientes. Porém, a criança, por ser mais fraca psiquicamente, com um eu que deve se construir à imagem dos adultos em sua volta, é particularmente atingida pelos desejos inconscientes de seus educadores.

Sendo assim, podemos afirmar que não basta à criança possuir uma inteligência e uma saúde física satisfatórias para se desenvolver e se afirmar na aprendizagem escolar. É necessário também que tenha uma educação afetiva que lhe permita desenvolver uma sensibilidade relacional com os outros, podendo se servir de suas capacidades físicas e intelectuais. A escola é um meio de grande importância para o desenvolvimento das relações afetivas da criança com os adultos, assim como também com as outras crianças da mesma idade. É também na escola que a criança deve aprender a se relacionar com o outro em diálogo permanente, se constituindo em trocas com todos aqueles a sua volta (PEDROZA, 1993).

A criança, ao chegar à escola, traz consigo uma experiência relacional vivida com a família, com um inconsciente com todas as suas frustrações e recalcamentos de seu drama interior, com seus desejos, sua história, se exprimindo pela sua simbolização. A pedagogia, portanto, poderia procurar se articular com essa expressão simbólica do aluno a partir das múltiplas situações oferecidas pelo grupo escolar e suas diferentes formas de atividade, oferecendo à criança oportunidade de verbalizar suas tensões. É dessa maneira que a psicanálise pode ajudar o educador, permitindo a possibilidade de uma compreensão em profundidade do sujeito, no que ele tem de mais pessoal e de mais íntimo. Para tal, é necessário que a escola não mantenha os alunos numa relação de submissão passiva à autoridade do professor. Este deve lembrar que as dificuldades encontradas pelo aluno, na escola, podem ser de origem afetiva. A relação professor-aluno depende, em grande medida, da maturidade afetiva do professor. Se esta lhe permite resolver suas próprias dificuldades, ele poderá ajudar a criança a viver e a resolver as suas.

A Educação e a Psicanálise percorrem um complexo caminho, entrelaçando seus saberes sobre o desenvolvimento do ser humano. Esse entrelaçar permitiu o levantamento de questões relacionadas ao funcionamento psíquico do ser humano, à relação de transferência aluno-professor, ao prazer em aprender (questão do desejo), à terapêutica da Educação, à linguagem etc. Assim, a Psicanálise - como corpo teórico - e a Educação - como discurso social - imbricaram-se em um processo de mudanças que afetou tanto uma quanto outra no que tange suas áreas de atuação (Ribeiro, 2006).


@psico_pedagogacss
 

Cérebro/ Memória

24 junho, 2024

Memórias interrompidas: apagões induzidos pelo álcool

Beber até apagão ganhou notoriedade na cultura pop nos últimos anos. Os apagões induzidos pelo álcool podem prejudicar a memória de eventos que ocorreram durante a intoxicação e aumentar drasticamente o risco de lesões e outros danos. Eles podem ocorrer em qualquer pessoa que ingere álcool, independentemente da idade ou do nível de experiência com o consumo. Neste folheto informativo, analisaremos com seriedade esta consequência comum, mas profundamente preocupante, do uso indevido de álcool.

Imagem
O uso indevido de álcool pode impedir que o hipocampo forme memórias, imagem cerebral

O que são apagões?

Os apagões relacionados ao álcool são lacunas na memória de uma pessoa para eventos que ocorreram enquanto ela estava intoxicada. Estas lacunas acontecem quando uma pessoa bebe álcool suficiente para bloquear temporariamente a transferência de memórias de armazenamento de curto prazo para armazenamento de longo prazo – conhecido como consolidação de memória – numa área do cérebro chamada hipocampo.

Tipos de apagões

Existem dois tipos de apagões; eles são definidos pela gravidade do comprometimento da memória. O tipo mais comum é chamado de “apagão fragmentário” e é caracterizado por memórias irregulares de eventos, com “ilhas” de memórias separadas por períodos de tempo perdidos entre elas. Esse tipo às vezes é chamado de acinzentado ou escurecido.

Amnésia completa, muitas vezes abrangendo horas, é conhecida como blackout “em bloco”. Com essa forma grave de blackout, memórias de eventos não se formam e normalmente não podem ser recuperadas. É como se os eventos simplesmente nunca tivessem ocorrido.

Quando ocorrem os apagões?

Os apagões tendem a começar com concentrações de álcool no sangue (TAS) de cerca de 0,16 por cento (quase o dobro do limite legal para dirigir) e superiores. Nesses BACs, a maioria das habilidades cognitivas (por exemplo, controle de impulsos, atenção, julgamento e tomada de decisões) fica significativamente prejudicada. O nível de comprometimento que ocorre com alcoolemia tão elevada torna o nível de intoxicação associado aos apagões especialmente perigoso.

Os apagões podem ocorrer com alcoolemia muito mais baixa em pessoas que bebem e tomam medicamentos para dormir e ansiolíticos.

A pesquisa indica que os apagões são mais prováveis ​​de ocorrer quando o álcool entra rapidamente na corrente sanguínea, fazendo com que a TAS aumente rapidamente. Isso pode acontecer se alguém beber com o estômago vazio ou consumir grandes quantidades de álcool em um curto espaço de tempo. Como as mulheres, em média, pesam menos que os homens e, quilo por quilo, têm menos água no corpo, elas tendem a atingir níveis máximos de TAS mais elevados do que os homens com cada bebida e o fazem mais rapidamente. Isso ajuda a explicar por que ser mulher parece ser um fator de risco para desmaios.

Como os apagões tendem a ocorrer com TAS elevadas, eles geralmente resultam do consumo excessivo de álcool, definido como um padrão de consumo de álcool que aumenta a TAS de uma pessoa para 0,08% ou mais. Isso normalmente ocorre após 4 drinques para mulheres e 5 drinques para homens – em cerca de 2 horas. Na verdade, muitas pessoas que têm desmaios fazem-no depois de se envolverem num comportamento conhecido como consumo excessivo de álcool, que é definido como beber em níveis que são pelo menos duas vezes superiores aos limiares de consumo excessivo de álcool para mulheres e homens.

Apagões versus desmaios

Um apagão não é o mesmo que “desmaiar”, o que significa adormecer ou perder a consciência por beber demais.

Durante um apagão, a pessoa ainda está acordada, mas seu cérebro não cria novas memórias. Dependendo de quanto a pessoa bebeu, é possível passar do desmaio para o desmaio.

Os apagões são um sinal de um problema relacionado ao álcool?

Pesquisas entre estudantes universitários e outros jovens adultos mostraram que a frequência de desmaios prediz outras consequências relacionadas ao álcool (como faltar ao trabalho ou à escola, ter uma média de notas mais baixa [GPA], ser ferido, acabar no pronto-socorro, ficar preso ou experimentando outros resultados negativos). Perguntas sobre apagões durante consultas médicas de rotina podem servir como uma triagem simples e importante para o risco de danos relacionados ao álcool.

Os apagões não são necessariamente um sinal de transtorno por uso de álcool, mas experimentar um deles é motivo de preocupação e deve levar as pessoas a considerarem sua relação com o álcool e a conversarem com seu médico sobre o consumo de álcool.

Para obter mais informações sobre álcool e sua saúde, visite:  https://RethinkingDrinking.niaaa.nih.gov


 

Transtorno de compulsão alimentar

2 junho, 2024

Transtorno de Compulsão Alimentar


Caracteriza-se por episódios recorrentes de consumo de grandes quantidades de alimentos com sensação de perda de controle. Eles não são seguidos por comportamentos compensatórios inapropriados, tais como indução de vômitos ou abuso de laxantes. O diagnóstico é clínico. O tratamento é com terapia cognitivo-comportamental ou, às vezes, psicoterapia interpessoal ou fármacos [inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) ou lisdexanfetamina].

O transtorno de compulsão alimentar acomete em torno de 3,5% das mulheres e 2% dos homens na

população geralmente durante suas vidas. Diferentemente da bulimia nervosa, o transtorno de

compulsão alimentar ocorre mais frequentemente entre pessoas obesas e contribui para o consumo

calórico excessivo; pode estar presente em ≥ 30% das pessoas obesas em alguns programas de

redução de peso. Em comparação com pessoas com anorexia nervosa ou bulimia nervosa, aqueles

com transtorno de compulsão alimentar são mais velhos e têm mais chance de serem homens.

Sinais e sintomas do transtorno da compulsão alimentar

Durante um episódio compulsivo, as pessoas consomem uma quantidade de alimentos muito maior

do que a maioria das pessoas comeria em um período de tempo semelhante sob circunstâncias

similares. Durante e após um episódio compulsivo, as pessoas se sentem como se tivessem perdido

o controle. A compulsão alimentar não é acompanhada de purgação (indução de vômitos, mau uso

de laxantes, diuréticos ou enemas), exercício excessivo ou jejum. A compulsão alimentar é episódica;

não envolve comer em excesso constantemente (“lambiscar”).

As pessoas com esse distúrbio ficam geralmente incomodadas com ele. Depressão leve a moderada

e preocupação com a forma e peso corporal, ou ambos, são mais comuns em pessoas com

obesidade com transtorno de compulsão alimentar do que em pessoas com peso similar sem

compulsão alimentar.

 

Diagnóstico do transtorno de compulsão alimentar

  • Critérios clínicos
  • Os critérios clínicos para o diagnóstico do transtorno de compulsão alimentar (1) requerem que
  • A compulsão alimentar ocorre, em média, pelo menos 1 vez/semana por 3 meses
  • Os pacientes têm sensação de falta de controle em relação à alimentação
  • Além disso, ≥ 3 dos seguintes deve estar presente:
  • Comer muito mais rápido do que o normal
  • Comer até se sentir desconfortavelmente cheio
  • Comer grandes quantidades de alimento quando não se sentindo fisicamente com fome
  • Comer sozinho por vergonha
  • Sentir-se nauseado, deprimido ou culpado depois de comer excessivamente

O transtorno de compulsão alimentar é diferenciado da bulimia nervosa (que também envolve

compulsão alimentar) pela ausência de comportamentos compensatórios (p. ex., vômitos)

Tratamento do transtorno de compulsão alimentar

  • Terapia cognitivo-comportamental
  • Algumas vezes psicoterapia interpessoal
  • Considerar tratamento farmacológico, normalmente inibidores seletivos da recaptação
  • de serotonina (ISRSs) ou lisdexanfetamina
  • A terapia cognitivo-comportamental é o tratamento mais estudado e tem o melhor suporte para o
  • transtorno de compulsão alimentar, mas a psicoterapia interpessoal parece ser igualmente eficaz.
  • Ambos resultam em taxas de remissão ≥ 60% e a melhora geralmente se mantém bem a longo
  • prazo. Esses tratamentos não produzem perda ponderal significativa em pacientes com obesidade.
  • O tratamento comportamental convencional para perda ponderal apresenta eficácia a curto prazo
  • na redução da compulsão alimentar, mas os pacientes tendem a recair. Antidepressivos (p. ex.,

ISRSs) também têm eficácia a curto prazo na eliminação da compulsão alimentar, mas a eficácia a

longo prazo é desconhecida. A lisdexanfetamina está aprovada para o tratamento do transtorno de

alimentação compulsiva moderado a grave. Ela pode reduzir o número de dias dos episódios

compulsivos e parece causar uma ligeira perda ponderal, mas sua eficácia a longo prazo é autoinduzidos, uso de laxantes ou diuréticos, excesso de exercícios, jejum)


@psico_pedagogacss

 

Alzheimer

26 maio, 2024

Terapia Cognitiva Comportamental no tratamento de Alzheimer.

O que é a estimulação cognitiva?

O Alzheimer configura-se como uma patologia neurodegenerativa, o que significa que promove a degeneração progressiva dos neurônios. A doença está associada à idade, atingindo 10% dos idosos acima dos 65 anos e 40% das pessoas com mais de 80 anos. Entre os principais sintomas estão perda de memória progressiva, dificuldade de aprendizado e tomar decisões, mudanças de humor e alterações nas habilidades visuais e espaciais.1

A degeneração característica do Alzheimer prejudica as funções cognitivas da pessoa.1 De modo direto, a cognição consiste na capacidade que o ser humano tem de adquirir conhecimento, bem como desenvolver as suas emoções, o que ocorre por meio do raciocínio, linguagem e memória.

Diante das consequências causadas pela doença surge a necessidade de utilizar estratégias de estímulo cognitivo que retardem o seu avanço. As atividades de estimulação cognitiva nada mais são do que exercícios que ajudam o paciente a ter uma vida mais próxima possível da autonomia, por tempo determinado.

Em se tratando de estratégias que estimulam as funções cognitivas, fazem parte dessa categoria todas as atividades que de algum modo estimulam o funcionamento do cérebro e, consequentemente, de suas capacidades, como memória, atenção, raciocínio lógico, percepção e sensação.

Para que você entenda a importância da estimulação cognitiva especificamente para pessoa com Alzheimer, antes é necessário entender como funciona a doença. Isso porque, ela é dividida em quatro fases. São elas:

  • pré-demência: quando os sintomas são sutis e são associados apenas ao envelhecimento da pessoa;
  • estágio inicial: quando os sintomas se agravam, fazendo com que o paciente tenha dificuldades para falar e se orientar no tempo e espaço;
  • estágio intermediário: quando o idoso esquece até mesmo de fatos marcantes e perde a sua autonomia para fazer atividades rotineiras, como a sua higiene pessoal;
  •  Estágio avançado: quando a pessoa tem perda grave de memória, não reconhece familiares, nem se alimenta sozinha.

Apesar de ser uma doença que não tem cura e que, inevitavelmente, se agrava com o passar do tempo, é possível retardar a evolução do Alzheimer. E é esse o papel das atividades de estimulação cognitiva, uma vez que visam promover a manutenção das funções cerebrais que até então estão preservadas.3

Ao ajudar o idoso a criar novas memórias ou lembrar de coisas corriqueiras do seu dia, por exemplo, pode-se permitir que ele tenha maior qualidade de vida e seja integrado ao ambiente do qual faz parte. Afinal, ele terá mais facilidade para interagir com entes queridos ou simplesmente para escovar os seus dentes e realizar demais tarefas básicas.

Atividades de estimulação cognitiva para pessoas com Alzheimer

Combinadas com o tratamento medicamentoso, as atividades de estimulação cognitiva para idosos são indispensáveis para potencializar as suas funções cerebrais e compensar as dificuldades apresentadas. Elas ajudam a evitar que a deterioração do intelecto do paciente ocorra rapidamente, deixando o paciente totalmente incapacitado. Veja, a seguir, algumas das principais atividades que o cuidador pode praticar com quem tem Alzheimer.

1. Peça ajuda para tarefas da cozinha

É importante ressaltar que a atividade escolhida deve estar de acordo com o estágio da enfermidade em que o idoso se encontra. Caso a pessoa ainda enxergue bem, você pode chamá-la para escolher o feijão, por exemplo, que é uma tarefa bastante simples, mas que requer que ela mantenha a atenção para selecionar os grãos sadios.

Para aqueles pacientes que estão na fase inicial do Alzheimer, a sugestão é estimulá-los a fazer cálculos simples. Peça que o idoso conte quantas pessoas vão se sentar à mesa para fazer uma determinada refeição e, a partir daí, separe o número de talheres para todos. Independentemente da atividade, é necessário prezar pela segurança do idoso, ficando de olho para que não se corte, se queime no fogão ou carregue objetos pesados.

2. Espalhe fotografias pela casa

As fotografias capturam não só momentos, mas também lembranças afetivas. Por isso, elas são ótimas ferramentas para trabalhar com as pessoas com Alzheimer, devendo ser espalhadas pela casa a partir de álbuns e porta-retratos. O ideal é que as imagens sejam colocadas nos ambientes que o idoso mais fica, como no seu quarto e na sala.

Selecione as fotografias de momentos marcantes, como casamentos, aniversários e viagens. O cuidador deve sentar-se com o paciente e fazer elogios às fotos, falar sobre as suas recordações daqueles momentos e perguntar o que ele se lembra, como o que estava acontecendo, quais eram as características do lugar, entre outras coisas.

A finalidade desse exercício é ajudar a pessoa e reviver os acontecimentos registrados nas fotografias, estimulando a sua capacidade de memória. Quanto mais as imagens mostrarem momentos de felicidade e pessoas amadas, mais recordações poderão despertar.

3. Fixe um calendário no quarto do paciente

Conforme a doença vai evoluindo, o idoso vai apresentando mais dificuldade para se localizar no tempo.4 Assim, uma boa ideia é fixar um calendário grande no quarto e deixá-lo bem visível, como na porta, o que o auxilia a se localizar no espaço-temporal.

Todo o dia pela manhã, peça para que o paciente faça um círculo na data que corresponde ao dia que vocês estão. Quando ele for dormir, peça novamente para que faça um ‘’X’’ dentro do círculo, a fim de marcar que aquele dia acabou. Caso a pessoa tenha dúvidas sobre qual dia é, você poderá levá-la até o calendário para que relembre a data certa.3

4. Nomeie os objetos

Escrever o nome do objeto em um papel e colar em sua superfície é uma dica bastante funcional para que a pessoa se lembre das funções das coisas. Pode-se fazer isso com a escova de cabelo, escova de dente, televisão, ar-condicionado, entre outros objetos que o idoso usa com frequência em sua rotina.3

Quando estiver por perto do paciente você pode pegar a escova de cabelo, por exemplo, e perguntar ‘’Como é o nome disso?’’ ‘’Você acredita que não estou conseguindo me lembrar agora?’’ ‘’Para que ele pode ser utilizado mesmo?’’. Procure fazer as perguntas de uma forma natural e bem-humorada para que o idoso não se sinta testado, o que pode irritá-lo.

Quanto antes a estimulação cognitiva for iniciada, mais facilidade ele terá para preservar o seu intelecto. Sendo assim, é recomendado que ela seja realizada desde o diagnóstico positivo para o Alzheimer. A aplicação desses estímulos contribui para estabilizar ou melhorar o quadro clínico do paciente, contribuindo para que ele se mantenha funcional.5

É preciso dizer que as atividades de estimulação devem ser feitas juntas ao tratamento medicamentoso e reabilitação, que são prescritos pelo médico responsável pelo paciente. Elas são um recurso adicional para que a pessoa viva com mais qualidade.3

Outra questão importante é que nós não precisamos esperar a idade chegar para estimular o nosso cérebro, na verdade, ele deve ser estimulado ao longo de toda a vida para evitar desafios na terceira idade.

Viver com Alzheimer é um desafio tanto para o paciente quanto para a sua família. Porém, existem alternativas de tratamento que, apesar das dificuldades enfrentadas, colaboram para que o idoso tenha uma vida digna e repleta de amor. Lembre-se Alzheimer se trata.


@psico_pedagogacss

 

Doença de Parkinson

11 abril, 2024

O que é a doença de Parkinson. 


É uma doença neurológica que afeta os movimentos da pessoa, causa:

  • tremores,
  • lentidão de movimentos,
  • rigidez muscular,
  • desequilíbrio,
  • alterações na fala e na escrita.

A Doença de Parkinson ocorre por causa da degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem a substância dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos provocando os sintomas acima descritos.

Diagnóstico: 

O diagnóstico da doença é feito com base na história clínica do paciente e no exame neurológico. Não há nenhum teste específico para o seu diagnóstico ou para a sua prevenção.

Sintomas: 

A história de quem é acometido pela doença de Parkinson consiste num aumento gradual dos tremores, maior lentidão de movimentos, caminhar arrastando os pés, postura inclinada para frente. O tremor afeta os dedos ou as mãos, mas pode também afetar o queixo, a cabeça ou os pés. Pode ocorrer num lado do corpo ou nos dois, e pode ser mais intenso num lado que no outro. O tremor ocorre quando nenhum movimento está sendo executado, e por isso é chamado de tremor de repouso. Por razões que ainda são desconhecidas, o tremor pode variar durante o dia. Torna-se mais intenso quando a pessoa fica nervosa, mas pode desaparecer quando está completamente descontraída. O tremor é mais notado quando a pessoa segura com as mãos um objeto leve como um jornal. Os tremores desaparecem durante o sono.

A lentidão de movimentos é, talvez, o maior problema para o parkinsoniano, embora esse sintoma não seja notado por outras pessoas. Uma das primeiras coisas percebidas pelos familiares é que o doente demora mais tempo para fazer o que antes fazia com mais desenvoltura como, banhar-se, vestir-se, cozinhar, escrever (ocorre diminuição do tamanho da letra). Outros sintomas podem estar associados ao início da doença: rigidez muscular; redução da quantidade de movimentos, distúrbios da fala, dificuldade para engolir, depressão, dores, tontura e distúrbios do sono, respiratórios, urinários.

Como a doença evolui: 

A progressão é muito variável e desigual entre os pacientes. Em geral, possui um curso vagaroso, regular e sem rápidas ou dramáticas mudanças.

Tratamento:

Não existe cura para a doença, porém, ela pode e deve ser tratada, não apenas combatendo os sintomas, como também retardando o seu progresso. A grande barreira para se curar a doença está na própria genética humana, pois, no cérebro, ao contrário do restante do organismo, as células não se renovam. Por isso, nada pode ser feito diante da morte das células produtoras da dopamina na substância negra. A grande arma da medicina para combater o Parkinson são os medicamentos e, em alguns casos, a cirurgia, além da fisioterapia e a terapia ocupacional. Todas elas combatem apenas os sintomas. A fonoaudiologia também é muito importante para os que têm problemas com a fala e com a voz.




@psico_pedagogacss

 

Depressão em Crianças

7 abril, 2024
Talvez você não imagine que possa ser tão precoce. Mas a partir do quarto mês de gestação, a criança é capaz de absorver sentimentos de rejeição e abandono, que podem contribuir para o desenvolvimento de um quadro depressivo.
São múltiplos os fatores que acarretam o transtorno, como herança genética, a existência de traumas provocados por perdas, abusos na infância, entre outros. Mas de acordo com o psicanalista Sulênio Vale Júnior, a principal causa da depressão infantil é ausência de afeto do pai e da mãe.
“A criança vai passar por uma depressão leve, que se apresenta através de um choro suave, uma perda de alimento. E esse quadro pode se agravar até o momento em que a criança não vai mais querer sair de casa ou ir para a escola. Se essa depressão não for tratada como deveria ser, a criança vai apresentar os sintomas que um adulto com depressão tem”, explica.

Ansiedade infantil. Síndrome do pânico infantil. Depressão infantil. Essas doenças são raramente relacionadas aos pequenos, porém negligenciá-las pode causar danos psicológicos significativos na vida das crianças. 

O transtorno está presente em 8% das crianças e logo, podemos afirmar que a depressão é um dos temas mais tratados no diagnóstico de doenças psicológicas em todas as faixas etárias

No entanto, há características nítidas do surgimento do transtorno para cada idade específica. Por isso, ficar atento aos sinais é importante, principalmente se você tiver um filho, sobrinho ou um irmão mais novo.

Sintomas da depressão na infância

Os sintomas de depressão infantil podem variar dependendo da criança, mas o primeiro passo é entender que os sentimentos e atitudes de uma criança depressiva não serão as mesmas que um adulto. 

Isto é, por mais que dependa muito da descrição dos pais perante o comportamento do filho, não se pode tirar como base a comparação dos sintomas de um adulto com uma criança. Visto isso, diante de pesquisas e da probabilidade, entende-se que os sintomas da depressão infantil mais comuns são:

  • irritabilidade infantil;
  • perda de interesse nas atividades;
  • incapacidade de sentir prazer em brincadeiras;
  • humor depressivo;
  • dificuldade em concentração;
  • falta ou excesso de apetite;
  • diminuição ou aumento da necessidade de sono;
  • culpa exagerada;
  • desvalorização de si mesmo;
  • dificuldade nas atividade psicomotoras;
  • sensação de cansaço a maior parte do tempo;
  • ideia de morte




 

Autismo - 02 de Abril /Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo

28 março, 2024

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 18 de Dezembro de 2007, com o intuito de alertar as sociedades e governantes sobre esta doença, ajudando a derrubar preconceitos e esclarecer a todos.  A data visa ajudar a conscientizar a população sobre o Autismo, um transtorno no desenvolvimento do cérebro que afeta cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo.  

  • AUTISMO é um transtorno neurobiológico que afeta principalmente três habilidades do cérebro:
  • a interação social,
  • o comportamento e
  • a comunicação.

   Alguns autistas não falam, outros falam, porém com dificuldades de se expressar.

    As pessoas autistas se expressam de maneiras diferentes. Esta comunicação em que pode ocorrer uma troca de informações pode ocorrer de formas verbais e não verbais (expressões faciais, posturas, gestos, olhares e linguagem.

    No Autismo, a interação social está prejudicada por vários motivos: problemas  sensoriais, atraso de linguagem, dificuldades para usar formas de comunicação  e de perceber sentimentos, gestos e expressões .

Contudo, nossa interação é possível sim: através de muitos estímulos, paciência, dedicação e carinho. É um desafio, pois é difícil saber a hora de intervir numa interação, assim como compreender quais são os comportamentos socialmente desejados, o que envolve muitas tentativas, erros, certos e, por vezes frustrações. Mas não me prenda em uma redoma. É justamente este contato com o mundo que me fara evoluir.

     Trabalhar com alunos que vivem dentro do transtorno, não é uma tarefa fácil. Exige muita dedicação, esforço e estudo sobre o assunto para assim ajudar no desenvolvimento social e intelectual do aluno. E é claro muito amor no desempenhar o trabalho que faz. “ No início você pensa não vou dar conta, não consigo, não sou capaz. Mas em pouco tempo esses anjos azuis conquistam nosso coração e nos fazem aprender a viver de uma maneira diferente também. Com eles aprendemos  ser mais tolerante e o significado da empatia, que é se colocar no lugar do outro.”

 

O que é o Autismo?

Autismo é um transtorno global do desenvolvimento marcado por três características fundamentais:

1) Inabilidade para interagir socialmente;

2) Dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos.

No entanto, vale ressaltar que o autismo é único para cada pessoa. Existem vários níveis diferentes de autismo, até mesmo pessoas que apresentam o transtorno, mas sem nenhum tipo de atraso mental.



 

A Importância da Leitura e escrita na Infância

15 março, 2024

A Importância da Leitura e Escrita na Infância


A prática da leitura e escrita desempenha um papel crucial no desenvolvimento infantil, proporcionando uma ampla gama de benefícios cognitivos, emocionais e sociais. Aqui estão alguns deles:

1. Estímulo ao desenvolvimento cognitivo: A leitura e a escrita estimulam o cérebro das crianças, promovendo o desenvolvimento de habilidades cognitivas essenciais, como a memória, atenção, concentração, raciocínio lógico e resolução de problemas. Ao lerem, as crianças são expostas a novos conhecimentos, ideias e conceitos, enquanto a prática da escrita ajuda-as a organizar seus pensamentos e expressar suas próprias ideias de forma clara e coesa.

2. Desenvolvimento da linguagem e alfabetização: Através da leitura, as crianças são expostas a uma ampla variedade de vocabulário e estruturas gramaticais, expandindo assim suas habilidades linguísticas e melhorando sua compreensão da língua escrita. A prática da escrita, por sua vez, ajuda as crianças a consolidar suas habilidades de alfabetização, permitindo-lhes praticar a grafia de palavras, formar frases e expressar seus pensamentos de forma escrita.

3. Estímulo à criatividade e imaginação: A leitura de histórias estimula a imaginação das crianças, transportando-as para mundos fictícios e despertando sua criatividade. Através da escrita, as crianças têm a oportunidade de criar suas próprias histórias, desenvolvendo assim sua capacidade de expressão criativa e narrativa.

4. Desenvolvimento do gosto pela leitura: Ao oferecer às crianças acesso a uma ampla variedade de livros e histórias interessantes, estamos cultivando nelas o hábito e o prazer pela leitura. Quanto mais cedo as crianças desenvolverem o hábito de ler, mais propensas serão a se tornarem leitores ávidos ao longo da vida.

5. Fortalecimento do vínculo familiar: Ler juntos cria momentos de conexão e intimidade entre pais e filhos, proporcionando uma oportunidade valiosa para compartilhar experiências, discutir ideias e fortalecer os laços familiares.

Em resumo, a prática da leitura e escrita desempenha um papel fundamental no desenvolvimento infantil, proporcionando inúmeros benefícios que contribuem para o sucesso acadêmico, emocional e social das crianças.






 

Terceira Idade

10 março, 2024

Estar na terceira idade significa viver uma nova fase de vida. Apesar de muita gente acreditar que esta é a época que anuncia o fim da vida, é importante ressaltar que também é a data marcada para que muitos benefícios comecem a valer.

Veja a seguir quais são os principais, e veja porque a terceira idade é o começo de um novo e importante momento da vida do idoso.

Os benefícios e direitos assegurados por Lei ao idoso

1. Assistência social

A fim de que o idoso tenha qualidade de vida ao longo de sua velhice, lhe é assegurado por lei o direito de receber um tipo de assistência social que equivale a um salário mínimo pago mensalmente para aqueles que não recebem outros benefícios como aposentadoria, por exemplo.

Todo idoso com mais de 65 anos tem direito a receber essa assistência, que também é devida quando a renda familiar é menor do que um quarto de salário mínimo por pessoa.

Para dar entrada e solicitar esse direito, é preciso ir até uma agência da Previdência Social para começar com os recebimentos.

2. Descontos em eventos culturais

Outro benefício que o idoso tem ao chegar à terceira idade é a possibilidade de ter descontos na compra de ingressos de eventos culturais, como para peças de teatro, shows e cinemas.

Acima de 60 anos, já é possível exigir o cumprimento de tal diminuição nos valores destes ingressos. Em geral, os eventos artísticos costumam reduzir em 50% do valor original, porém é claro que esta porcentagem pode variar de acordo com a cidade ou até mesmo estado.

Para ter acesso a esse desconto, basta que o idoso verifique o valor que lhe é devido e apresente o seu documento de identidade nas bilheterias.

3. Prioridade em programas habitacionais

Ter mais de 60 anos também significa ter certas prioridades, e essas vão muito além de pegar uma fila preferencial nos caixas e bancos.

Uma das prioridades que poucos conhecem, mas que também é devida ao idoso por lei, são as cotas especiais em programas habitacionais. Cerca de 3% das unidades são destinadas a quem recebe aposentadorias e pensões.

Para ter acesso a este direito, é necessário procurar pelo órgão governamental responsável.

4. Prioridade na justiça

Outro tipo de prioridade que o idoso também tem está na ordem de atendimentos do judiciário. Quando alguma das partes tem mais do que 60 anos, após emissão de um requerimento de prioridade, ganha uma maior agilidade nos trâmites.

Devido à comum demora nos processos que tramitam na justiça, este tipo de prioridade se faz necessária, uma vez que muitas vezes esses trâmites levam anos.

5. Transporte gratuito

Por fim, mais um dos grandes benefícios da terceira idade é poder utilizar transportes públicos sem ter que pagar. Sejam os circulares em uma cidade ou até mesmo os ônibus interestaduais, o direito de utilizar o transporte gratuito deve ser verificado com cada empresa.

No transporte municipal, é comum que os idosos façam carteirinhas para usar o circular. Já nos transportes interestaduais, a maioria das empresas exige que o idoso marque sua passagem com uma antecedência de 5 dias.

Os ônibus de linha costumam disponibilizar cerca de 2 assentos por viagem para atender a necessidade de transporte da terceira idade.

Pense nisso:

Idoso: é a pessoa que tem muita idade; Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.

A idade causa a degenerescência do espírito. Por isso, nem todo idoso é velho e há velho que ainda nem chegou a ser idoso.

O idoso precisa de atenção, cuidados, e companhia dos familiares e amigos.

O idoso ainda pode trabalhar se quiser, pode estudar, fazer esportes, sonhar com o futuro, viajar, etc.

Pesquisas revelam que, um idoso feliz vive mais do que um idoso triste.

Um idoso feliz é aquele, que sabe ver o lado bom da vida, gosta de contar histórias de vida, gosta de aprender as novidades, gosta de sonhar, planejar,e fazer novas amizades.

Se você tem algum idoso em casa, olhe para ele e observa, veja se ele está feliz, se precisa de alguma coisa, seja gentil com o idoso,pois nunca se sabe se ainda estarão lá.

O amor nunca deve deixar de existir, Temos que ser amorosos, ter gratidão por eles existirem...

Quantas pessoas se encontram sozinhas sem avós por perto para tomar um chá da tarde com aquelas rosquinhas cobertas com açúcar e canela em pó.

E quantas vezes ouvimos aquelas histórias antigas contadas por eles, naquela velha cadeira de balanço.

Se você tem essa chance, valorize!

Assim como um recém nascido é importante nas nossas vidas, assim é um idoso...




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Transtorno Bipolar

10 março, 2024

O que é o Transtorno Bipolar?

Esse Transtorno é caracterizado pela alternância dos dois estados emocionais opostos caracterizado ora por períodos de extrema tristeza ora de intensa euforia. Como ocorre nas doenças físicas, que se caracterizam pela ausência ou pelo excesso de alguma substância com função importante no organismo, muitos distúrbios da mente também podem resultar de alterações que comprometem o equilíbrio psicológico.

Ao contrário do que acontece em muitos desajustes psicológicas, a base que desencadeia o Transtorno Bipolar não está associada à falta de serotonina — substância produzida pelo cérebro e que é conhecida como hormônio do bem-estar. O problema resulta da desregulação de alguns elementos cerebrais que coordenam as emoções positivas e negativas.

Para entender melhor a dinâmica desse processo — simbolizado por duas fases —, é preciso considerar que a referência da euforia é expressada pela mania, enquanto a da tristeza é a depressão. Esses mecanismos relacionados ao estado emocional são denominados pólos, o que remete ao conceito de Transtorno Bipolar.

Esse distúrbio é caracterizado pelas condições emocionais que expressam desajustes entre as fases de tristeza e alegria, mas com uma conotação doentia: a depressão e a mania, respectivamente. Essa doença pode se manifestar de diferentes formas, de modo repentino ou como resultado de respostas a variados estímulos. Tais características dificultam a precisão da avaliação diagnóstica do Transtorno Bipolar.


Transtorno Bipolar tipo 1 (Mania)

Nesse transtorno, os sintomas são mais intensos e caracterizados por fases de humor eufórico combinadas a um estado mais leve de excitação e otimismo exagerado. Dependendo do grau de comprometimento, também pode ocorrer manifestação de agressividade física ou verbal.

No Transtorno Bipolar, o indivíduo pode apresentar profundas mudanças comportamentais e que influenciam sua conduta. Nesse estado de instabilidade psíquica, há um risco expressivo de afetar as relações familiares, sociais, afetivas, escolares e profissionais.


Transtorno Bipolar tipo 2 (Depressão)

Nesse segundo tipo de Transtorno, os episódios de depressão são mais frequentes. As características dessa fase estão mais ligadas à tristeza profunda, à desesperança e à falta de estímulo para com a vida. As alterações comportamentais geram prejuízos tanto ao portador desse distúrbio quanto às pessoas de seu convívio familiar e social.

As causas deste Transtorno estão relacionadas a diferentes etiologias, mas a mais discutida é a correlação entre as heranças familiares, a influência genética e questões ligadas ao ambiente. Além disso, muitos fatores podem se desenvolver ao longo da vida e se expressar tardiamente.


Quais são os sintomas do Transtorno Bipolar?

Os principais sinais e sintomas desse distúrbio assumem um caráter de bipolaridade na expressão de suas características mais evidentes. A identificação desses fenômenos ajuda na diferenciação dos tipos de transtornos para a determinação do diagnóstico.

Observe os sintomas mais comuns do Transtorno  Bipolar em fase de Mania ou Hipomania:

  • Diminuição da necessidade de sono;
  • Irritabilidade;
  • Ideias suicidas;
  • Esquecimentos; 
  • Ganho de peso;
  • Fala compulsiva;
  • Culpa excessiva;
  • Aumento da libido;
  • Autoestima elevada;
  • Agitação psicomotora;
  • Delírios e alucinações;
  • Ideias descoordenadas;
  • Problemas com dinheiro;
  • Falta de interesse pela vida;
  • Falta de foco e de atenção nos objetivos;
  • Frustração e sentimentos recorrentes de inutilidade.

Conheça também as características do Transtorno Bipolar em fase depressiva::

  • Apatia;
  • Ideação suicida;
  • Culpa excessiva;
  • Redução da libido;
  • humor deprimido;
  • Isolamento social;
  • Distúrbios do sono;
  • Mania de grandeza;
  • Alterações de apetite;
  • Agitação psicomotora;
  • Descontrole ao coordenar as ideias;
  • Irritabilidade e impaciência crescentes;
  • Queda no desempenho escolar ou no trabalho;
  • Desinteresse pelas atividades de lazer e profissionais.

Como diferenciar os sintomas de problemas normais de humor?

Uma das formas mais seguras de diferenciar o Transtorno Bipolar das alterações normais de humor é pela avaliação clínica do comportamento. O profissional de saúde deve fazer uma análise do histórico do paciente e, de acordo com as informações obtidas, chegar à conclusão.

Em casa, os familiares e amigos também podem se atentar ao modo de falar e às expressões faciais do portador desses distúrbios. Mudanças bruscas de humor podem ser comuns no cotidiano de qualquer pessoa, mas quando essas atitudes se tornam muito frequentes, o ideal é buscar ajuda médica.

Outro aspecto importante e que sugere a orientação profissional é o risco de confundir os sinais do Transtorno Bipolar com sintomas de outras doenças psiquiátricas. Muitos sintomas desse distúrbio são parecidos com os que surgem em episódios de Esquizofrenia, de Síndrome do Pânico, Surto Psicótico ou até mesmo durante Distúrbios da Ansiedade.

Identificar os indícios dessa doença é crucial para diferenciar oscilações que podem afetar o estado de humor, mas que nem sempre representam patologias. Isso significa que nem todas as alterações de humor ou do estado emocional configuram condições de bipolaridade. Na dúvida, o ideal é procurar orientação profissional e iniciar um tratamento ambulatorial ou avaliar a necessidade de internação.

As condições de bipolaridade que caracterizam o Transtorno Bipolar podem se manifestar de forma leve, moderada ou grave. Independentemente do nível de comprometimento, é necessário buscar formas de controlar os impactos, já que esse Transtorno pode levar à dependência química ou acentuar os riscos de suicídio. Nessas circunstâncias, a avaliação psiquiátrica ou psicológica pode ser a melhor alternativa para ajudar quem enfrenta esse tipo de problema.

Gostou de saber mais sobre o assunto? Aproveite a visita ao nosso site e confira mais informações sobre o tratamento do Transtorno Bipolar!




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BULLYNG ESCOLAR

10 março, 2024

O bullying escolar traz inúmeras consequências negativas para a criança, algumas delas podendo ser bem graves, inclusive.

Isolamento social, perda de motivação, piora no rendimento escolar e traumas psicológicos são apenas alguns exemplos de como este tipo de agressão pode prejudicar a criança que é vítima dele.

Infelizmente, bullying e escola estão cada vez mais relacionados, tornando-se uma questão que afeta mais e mais crianças a cada ano em todo o mundo. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), 23% dos estudantes afirmaram já ter sido vítimas de bullying.  

O problema é que nem sempre é fácil descobrir se o estudante está sofrendo algum tipo de bullying no ambiente escolar. Sem saber da existência do problema, fica difícil para os responsáveis tomarem atitudes e ajudarem a criança, o que torna tudo ainda mais complicado.

Bullying

Ele se refere especificamente à prática de atos agressivos recorrentes, ou seja, repetidos ao longo do tempo, contra uma mesma pessoa, causando danos físicos e psicológicos que podem durar a vida toda para quem é vítima deste comportamento.

Estas agressões podem ser:

  • Físicas: chutes, pontapés, tapas, empurrões, socos, beliscões.
  • Verbais: apelidos vexatórios, insultos, ofensas, xingamentos.
  • Psicológicas: chantagens, ameaças, discriminação, ridicularização.
  • Sexuais: assédios, violência sexual, abusos.
  • Materiais: roubos, destruição de pertences, furtos, vandalismo.


É comum que o bullying, principalmente o bullying na escola, atinja crianças e adolescentes devido a cor da sua pele, por serem alunos com algum tipo de deficiência, pela orientação sexual, aparência, hábitos ou simplesmente seu modo de ser.

Observação: Uma dica para os pais, observem seus filhos, a atenção é fundamental, o amor, o carinho, não deve faltar, mas também as orientações, os cuidados e alertas para a vida lá fora, devem ser feito diariamente.


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Direitos de crianças com Dislexia / TDAH

24 outubro, 2023

Dispõe sobre o acompanhamento integral para educandos com dislexia ou Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou outro transtorno de aprendizagem.

Art. 1º O poder público deve desenvolver e manter programa de acompanhamento integral para educandos com dislexia, Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou outro transtorno de aprendizagem.

Parágrafo único. O acompanhamento integral previsto no caput deste artigo compreende a identificação precoce do transtorno, o encaminhamento do educando para diagnóstico, o apoio educacional na rede de ensino, bem como o apoio terapêutico especializado na rede de saúde.

Art. 2º As escolas da educação básica das redes pública e privada, com o apoio da família e dos serviços de saúde existentes, devem garantir o cuidado e a proteção ao educando com dislexia, TDAH ou outro transtorno de aprendizagem, com vistas ao seu pleno desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, com auxílio das redes de proteção social existentes no território, de natureza governamental ou não governamental.

Art. 3º Educandos com dislexia, TDAH ou outro transtorno de aprendizagem que apresentam alterações no desenvolvimento da leitura e da escrita, ou instabilidade na atenção, que repercutam na aprendizagem devem ter assegurado o acompanhamento específico direcionado à sua dificuldade, da forma mais precoce possível, pelos seus educadores no âmbito da escola na qual estão matriculados e podem contar com apoio e orientação da área de saúde, de assistência social e de outras políticas públicas existentes no território.

Art. 4º Necessidades específicas no desenvolvimento do educando serão atendidas pelos profissionais da rede de ensino em parceria com profissionais da rede de saúde.

Parágrafo único. Caso seja verificada a necessidade de intervenção terapêutica, esta deverá ser realizada em serviço de saúde em que seja possível a avaliação diagnóstica, com metas de acompanhamento por equipe multidisciplinar composta por profissionais necessários ao desempenho dessa abordagem.

Art. 5º No âmbito do programa estabelecido no art. 1º desta Lei, os sistemas de ensino devem garantir aos professores da educação básica amplo acesso à informação, inclusive quanto aos encaminhamentos possíveis para atendimento multissetorial, e formação continuada para capacitá-los à identificação precoce dos sinais relacionados aos transtornos de aprendizagem ou ao TDAH, bem como para o atendimento educacional escolar dos educandos.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília,  30  de  novembro  de 2021; 200º da Independência e 133º da República.




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Atitudes que ajudam as crianças com Dislexia

18 outubro, 2023

Conheça algumas atitudes  que auxiliam no desenvolvimento da criança com dislexia.


1- Apoio Profissional: Busque a ajuda de profissionais especializados em dislexia, como neuropsicopedagogos,  psicopedagogos, psicólogos, terapeutas da fala e educadores especializados. Eles podem oferecer estratégias e técnicas adaptadas.


2- Educação Individualizada: Certifique-se de que a criança receba um plano de educação individualizado (PEI) que leve em consideração suas necessidades específicas. Isso pode incluir aulas de reforço em leitura e escrita.


3- Ambiente de Apoio: Crie um ambiente de apoio em casa e na escola. Estabeleça rotinas claras e ofereça tempo extra para tarefas de leitura e escrita.


4- Autoestima e Motivação: Reforce a autoestima da criança, destacando suas habilidades e interesses. Incentive a a explorar áreas em que se destacam.


5- Leitura em Voz Alta: Leia para a criança regularmente e encoraje-a a ler em voz alta. Isso ajuda a melhorar a fluência e a compreensão da leitura.


6- Paciência e Compreensão: Demonstre paciência e compreensão. A dislexia pode ser desafiadora, e é importante que a criança se sinta atualizada em suas dificuldades.


7- Colaboração com a Escola: Mantenha uma comunicação aberta com os professores para garantir que a criança receba o suporte adequado na escola.


Lembre-se sempre que cada criança é única, e o apoio deve ser adaptado às suas necessidades individuais.


O amor, o apoio e a compreensão são fundamentais para o seu desenvolvimento.



Dislexia 


Existe 3 tipos de Dislexia :

  • Visual
  • Auditiva
  • Mista

1. Dislexia visual

Como o próprio nome diz, na dislexia visual, o indivíduo tem dificuldade em visualizar corretamente as palavras e reconhecer o lado correto das letras e números, o chamado espelhamento.

Como não consegue interpretar corretamente boa parte do que lê, ele também acaba lendo e interpretando de forma equivocada.


2. Dislexia auditiva

Na dislexia auditiva, o disléxico não consegue perceber completamente os sons, o que também afeta diretamente a compreensão do que ele ouve.

Como consequência, essa dificuldade acaba dificultando também a reprodução das palavras e dos sons.


3. Dislexia mista

Dislexia mista envolve a dificuldade visual e a dificuldade auditiva, ao mesmo tempo.

Além de não conseguir visualizar as palavras que são apresentadas, o disléxico também não consegue compreender e nem interpretar adequadamente os sons daquela palavra que escuta.


Dificuldades causada pela Dislexia:


Na escrita:

  • Erros de soletração e ortografia, mesmo nas palavras mais frequentes;
  • Omissões, substituições e inversões de letras e/ou sílabas;
  • Dificuldade na produção textual, com velocidade abaixo do esperado para a idade e a escolaridade.


Na leitura:

  • Dificuldade para decodificar palavras;
  • Erros no reconhecimento de palavras, mesmo as mais frequentes;
  • Leitura oral devagar e incorreta. Pouca fluência, com inadequações de ritmo e entonação, em relação ao esperado para a idade e a escolaridade;
  • Compreensão de texto prejudicada como consequência da dificuldade de decodificação;
  • Vocabulário reduzido.

 

Dislexia na Linguagem Oral:

  • Atraso no desenvolvimento da fala;
  • Problemas para formar palavras de forma correta, como trocar a ordem dos sons (popica em vez de pipoca) e confundir palavras semelhantes (umidade humanidade);
  • Erros de pronúncia, incluindo trocas, omissões, substituições, adições e misturas de fonemas;
  • Dificuldade para nomear letras, números e cores;
  • Dificuldade em atividades de aliteração e rima;
  • Dificuldade para se expressar de forma clara.



Agendamento com hora marcada

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    A Dor Associada a Transtornos de Ansiedade no Idoso

    24 julho, 2023

    A dor é um fenômeno multidimensional e multifatorial com profundo impacto do ponto de vista psicológico. A relação entre dor crônica e ansiedade nem sempre é linear e de fácil interpretação. Em idosos, é frequente o binômio dor e ansiedade, e inclusive podem exacerbar - se mutualmente. Estudos mostram que o medo de intensificar a dor através do movimento e da catastrofização prevê um quadro mais intenso e mais incapacitante, com aumento de sintomas físicos e mentais. E no contexto de ansiedade, a percepção da dor pode ser ampliada.


    A ansiedade pode ser definida como uma sensação vaga, indefinida e difusa. Um estado emocional caracterizado por sensações de perigo iminente e sentimentos antecipatórios, desagradáveis e desproporcionais à representação de ameaça.


    Diversas manifestações físicas e cognitivas podem estar presentes em quadros de ansiedade: 

    • Tensão muscular
    • Dificuldade de concentração 
    • Insônia
    • Respiração curta
    • Palpitações
    • Sudorese fria
    • Palidez
    • Boca seca
    • Tremores
    • Fadiga
    • Tonturas
    • Parestesias
    • Cefaleia
    • Náuseas
    • Diarreia
    • Polaciúria.

    Com base na classificação DSM-5, os transtornos de ansiedade incluem:

    • transtornos de ansiedade generalizada, 
    • Transtorno do pânico 
    • Quadros fóbicos: Agorafobia, fobia social/específica e 
    • Ansiedade induzida por substâncias ou condição médica.


    Para tratamentos da dor e da ansiedade em idosos, a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) não é apenas um tratamento estabelecido para ansiedade, sendo também utilizada para manejo da dor crônica. Os terapeutas ajudam os pacientes a desenvolverem habilidades de enfrentamento, capacitando-os no gerenciamento da dor ao invés de  se vitimizarem pela mesma.


    Qualquer dúvida fale conosco, estamos à disposição.




    @psico_pedagogacss


     

    Anorexia

    21 julho, 2023

    O que é Anorexia?


    anorexia é um transtorno alimentar que se inicia a partir de falta de percepção adequada da imagem corporal. Quase sempre afeta mulheres adolescentes, que sempre se percebem muito acima do peso, mas não estão, e mais raramente pode afetar os homens. Com isso, elas vão diminuindo progressivamente o consumo de alimentos podendo chegar a quadros severos de desnutrição.

    Quando um paciente possui anorexia, ele para de comer e não consegue ver que seu corpo, aos poucos, está definhando com a falta de nutrição adequada. O indivíduo anoréxico pode até mesmo deixar de sentir fome por completo.

    Na anorexia, as costelas e os ossos das costas começam a ficar aparentes e a pessoa anoréxica passa a desenvolver doenças e condições complementares, como a alopecia, que é a queda de cabelo, causadas pela falta de nutrientes no corpo.

    Além de não comer, a pessoa que tem anorexia pode acabar exagerando nos exercícios físicos e no uso de medicamentos laxantes e diuréticos, sempre com a intenção de perder peso.



    Quais os sintomas da anorexia?


    As pessoas que têm anorexia geralmente são ansiosas, perfeccionistas e insatisfeitas, e apresentam os seguintes sinais durante esse transtorno:

    • Perda de peso inexplicável;
    • Desmaios;
    • Fadiga;
    • Pressão baixa;
    • Tontura;
    • Isolamento social.


      Como é o tratamento da anorexia?

      O tratamento da anorexia é feito por meio de medicamentos que ajudam, por exemplo, na diminuição da ansiedade, sendo que o acompanhamento psicológico é essencial para que a doença não volte a afligir o paciente.A reintrodução de alimentos na dieta do paciente deve ser gradativa, para evitar danos a outras regiões do corpo.

      Quanto mais cedo a anorexia for detectada, melhores são as chances de recuperação do paciente, porque a falta de uma alimentação adequada pode acarretar em problemas de saúde diversos. 

      A TCC voltada para o transtorno de compulsão alimentar é derivada do modelo proposto para anorexia nervosa.

      Tem foco na identificação da relação entre pensamentos, sentimentos e comportamentos alimentares e posterior mudanças dos padrões patológicos. Pode ser usada por diversos profissionais da saúde.



      @psico_pedagogacss

     

    Terapia Cognitiva para idosos com Alzheimer

    6 junho, 2023

    Terapia cognitiva para o idoso com Alzheimer

     

     

              Os principais objetivos do tratamento da doença visam estimular e/ou manter as capacidades mentais, fortalecer as relações sociais, dar segurança e aumentar a autonomia do paciente, estimular a identidade e autoestima, minimizar o stress e evitar reações psicológicas anormais, melhor o rendimento cognitivo e funcional, aumentar a autonomia pessoal nas atividades diárias, melhorar o estado de saúde e a qualidade de vida do paciente e dos familiares ou cuidadores. (BOTTINO et al., 2002). 

              Desta forma abordagem não farmacológica como a estimulação cognitiva com o idoso incluem: a terapia de orientação à realidade, através do uso de calendários, jornais, vídeos, fotografias de familiares; reminiscência, em que se utilizam experiências passadas vivenciadas pelos idosos; uso de apoios externos, que envolve o treino e a utilização de instrumentos; aprendizagem sem erros que consiste em levar o idoso a aprender novas informações sem cometer erros, o que auxilia na execução das tarefas diárias do idoso entre outras . (CAIXETA e col., 2012).

    Não há uma terapia definitiva que possa curar ou reverter a destruição do funcionamento cognitivo causada pela DA. O tratamento farmacológico atual consiste na prescrição de anticolinesterásicos (rivastigmina, donepezil e galantamina) e de antiglutamatérgico (memantina), tanto para perda cognitiva, quanto para distúrbios de comportamento.

    O tratamento do paciente com Alzheimer é através do trabalho em conjunto de alguns profissionais ligados à área da saúde, o que torna indispensável, o tratamento do médico neurologista ou psiquiátrico para indicar os medicamentos e acompanhar o quadro clínico, sendo essencial também o fonoaudiólogo para trabalhar a linguagem e assim ajudar o paciente à não perder sua comunicação com o mundo; o psicólogo para amparar emocionalmente não só o paciente mas também a família, e com o trabalho psicomotricista, proporcionará atividades prazerosas que através da estimulação das estruturas cognitivas ira reabilitar o sujeito em sua relação com o mundo, visando um amplo desenvolvimento social e emocional.

    Portanto, vale ressaltar que apesar da contribuição da Psicologia não bastar, suas intervenções são valiosas ao tratamento da Doença de Alzheimer, pois antes de iniciar qualquer programa de reabilitação cognitiva, se realiza através de outros históricos especializados, a definição do perfil cognitivo de cada paciente, delineando seus déficits e aspectos da cognição preservados, fazendo uma adequação do treinamento proposto ao nível intelectual e cultural do paciente, tendo em mente que não há cura, mas sim promover alivio dos déficits cognitivos e alterações comportamentais, assim, intervir, visando estimular ou manter as capacidades mentais, fortalecer as relações sociais, dar segurança e aumentar a autonomia do paciente, estimular a identidade e autoestima, minimizar o stress e evitar reações psicológicas anormais, melhorar o estado de saúde e a qualidade de vida do paciente e dos familiares ou cuidadores, contudo, sugere-se às pessoas envolvidas, às questões profissionais, quanto familiar, lembrar e buscar tratamento. (GLISKY EL, SCHACTER 1986, p. 54-63)


    Atendimento com hora marcada 

    @psico_pedagogacss


     

    A Inclusão de crianças autistas em salas de aulas

    27 maio, 2023

      A  inclusão  dos portadores de TEA nas salas  de aulas, não pode ser tratada como algo distante da realidade das escolas, entretanto cabe ressaltar a complexidade das questões  que envolvem  o tema, como por exemplo, a formação de professores a aceitação dos pais e maior envolvimento das instituições escolares proporcionando  projetos direcionados para o tema.

               Neste contexto, a inclusão deve implicar em novas práticas e técnicas, na busca contínua em contribuir para o fortalecimento da convivência igualitária e sem alteridade entre cada um.              

                   O processo de aprendizagem de uma criança com autismo, não é tarefa das mais simples. Tendo em vista que leva certo tempo para adaptação e estudo de caso, sobretudo que o tratamento e que a utilização das práticas seja subjetiva. Sendo assim, deve-se entender o tempo de cada criança na absorção do tratamento e esta subjetividade é fator ponderante para os resultados. Isso implica ampliar o conceito de educação e trabalhar para diversidade, reformular os princípios, metas e currículos das escolas dentro da ótica inclusiva.

               Neste sentido, a inclusão deve implicar em novas práticas pedagógicas, na busca contínua em contribuir para o fortalecimento da convivência igualitária e sem alteridade entre cada um. Isso implica ampliar o conceito de educação especial inclusiva em trabalhar para diversidade, reformular os princípios, metas e currículos das escolas dentro da ótica inclusiva, instrumentalizar todos os educandos, sejam eles considerados para inserção e atuação na sociedade, exercendo assim a cidadania.

                Contudo, espera-se não haver uma visão de que  a inclusão de portadores de TEA na escola  possa tornar algo de extrema complexidade, e que as estratégias, ferramentas, aprendizagem e cooperação são fundamentais para eficiência  deste processo de inclusivo.


    @psico_pedagogacss


     

    Avaliação Psicopedagógica para adultos e idosos

    9 maio, 2023

    Um Psicopedagogo é importante para o desenvolvimento de crianças e adultos/idosos. Deve-se ter um olhar para fora das escolas para com o Psicopedagogo. Podendo atuar de forma Institucional e Clínica.

    Quando o idoso é identificado com algum déficit cognitivo ou neurológico pode ser encaminhado ao Psicopedagogo a fim de ser submetido a inúmeras abordagens e atividades para que amenize ou retarde o avanço de doenças que causam perda de memória como por exemplo o Alzheimer.

    Ressalta que nunca é tarde para que possa ser diagnosticado algum tipo de doença, porem deve-se destacar que o diagnostico antecipadamente poderá alcançar resultados mais satisfatório, em menos tempo.

    O trabalho psicopedagógico, mesmo tendo respaldo teórico, técnico e prático, constitui-se em um desafio constante, visto que é sempre um trabalho inusitado, diferenciado, uma incógnita, considerando que cada sujeito com quem trabalhamos é uma pessoa única, aprende do seu jeito, no seu próprio tempo, com o seu próprio ritmo. Considerando esses aspectos, a psicopedagogia busca entender o sujeito aprendente, o ser cognoscente, a sua relação com a aprendizagem por meio da investigação, da observação, da intervenção, da avaliação com vistas ao diagnóstico e, em consequência, ao tratamento.




    @psico_pedagogacss


     

    TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo

    4 maio, 2023

    TOC  - Transtorno Obsessivo Compulsivo

    Obsessão é um pensamento desconfortável recorrente e persistente ( mesmo que a pessoa tente ignorá-lo ou interrompê - lo) que causa ansiedade e desconforto. Na maior parte das vezes a pessoa reconhece que os pensamentos obsessivos vêm da sua cabeça, mas não consegue pará - lo. Entende-se por obsessão pensamentos, ideias e imagens que invadem a pessoa insistentemente, sem que ela queira. Como um disco riscado que se põe a repetir sempre o mesmo ponto da gravação, eles ficam patinando dentro da cabeça e o único jeito para livrar-se deles por algum tempo é realizar o ritual próprio da compulsão, seguindo regras e etapas rígidas e pré-estabelecidas, que ajudam a aliviar a ansiedade. Alguns portadores dessa desordem acham que, se não agirem assim, algo terrível pode acontecer-lhes. No entanto, a ocorrência dos pensamentos obsessivos tende a agravar-se à medida que são realizados os rituais e pode transformar-se num obstáculo não só para a rotina diária da pessoa como para a vida da família inteira.

    Compulsão é um comportamento repetitivo impulsionado pela ideia obsessiva que objetiva prevenir determinadas consequências ou aliviar o desconforto causado pela obsessão. O comportamento repetitivo consome tempo (+ de 1 hora por dia).

    Sintomas:

    As obsessões mais frequentes se desenvolvem nas áreas da limpeza, checagem ou conferência, contagem, organização, simetria, colecionismo, e podem variar ao longo da evolução da doença.

    Preocupação excessiva com limpeza e higiene pessoal, dificuldade para pronunciar certas palavras, indecisão diante de situações corriqueiras por medo que uma escolha errada possa desencadear alguma desgraça, pensamentos agressivos relacionados com morte, acidentes ou doenças são exemplos de sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo.

    Tratamento:

    O tratamento de TOC pode ser medicamentoso e não medicamentoso. O medicamentoso utiliza antidepressivos inibidores da recaptação de serotonina. São os únicos que funcionam.

    A terapia cognitivo-comportamental é uma abordagem não medicamentosa com comprovada eficácia sobre a doença. Seu princípio básico é expor a pessoa à situação que gera ansiedade, começando pelos sintomas mais brandos. Os resultados costumam ser melhores quando se associam os dois tipos de abordagem terapêutica.

    É sempre importante esclarecer o paciente e sua família sobre as características da doença. Quanto mais a par estiverem do problema, melhor funcionará o tratamento.

    • Não há quem não tenha experimentado alguma vez um comportamento compulsivo, mas se ele se repete a ponto de prejudicar a execução de tarefas rotineiras, a pessoa pode ser portadora de TOC e precisa de tratamento;
    • Crianças podem obedecer a certos rituais, o que é absolutamente normal. No entanto, deve chamar a atenção dos pais a intensidade e a frequência desses episódios. O limite entre normalidade e TOC é muito tênue;
    • Os pais não devem colaborar com a perpetuação das manias e rituais dos filhos. Devem ajudá-los a enfrentar os pensamentos obsessivos e a lidar com a compulsão que alivia a ansiedade;
    • O respeito a rituais do portador de TOC pode interferir na dinâmica da família inteira. Por isso, é importante estabelecer o diagnóstico de certeza e encaminhar a pessoa para tratamento;
    • Esconder os sintomas por vergonha ou insegurança é um péssimo caminho. Quanto mais se adia o tratamento, mais grave fica a doença.


     

    Distúrbios do Sono - Insônia

    4 maio, 2023

    INSÔNIA: PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO RELACIONADOS EM POPULAÇÃO DE IDOSOS ACOMPANHADOS EM AMBULATÓRIO

    Insônia é um problema comum em todos os estágios da vida, mas é particularmente comum após os 65 anos de idade. É definida como uma dificuldade para iniciar o sono ou para se manter dormindo. Os distúrbios do sono nos idosos são comuns e multifatoriais. Vários fatores, incluindo idade avançada, influências psicossociais, doenças clínicas e psiquiátricas e uso de medicações podem estar associados com insônia. Apesar disso, os fatores de risco envolvidos no desenvolvimento de insônia não têm sido completamente identificados. A privação do sono interfere de maneira negativa na qualidade de vida.

    Os distúrbios do sono constituem um significante problema de saúde pública. O padrão normal do sono muda com o avançar da idade. Mudanças sociais e fisiológicas do envelhecimento contribuem para tal fato.

    Estudos epidemiológicos retratam uma alta prevalência de insônia, principalmente na população idosa. Essa prevalência varia entre 5 e 35%, dependendo da metodologia utilizada e da amostra selecionada. Quanto mais idosa a população em estudo, mais alta tende a ser a prevalência de insônia, o que justifica a alta prevalência (32,38%) encontrada em nosso trabalho.

    As mudanças hormonais ocorridas no sexo feminino no período pós-menopausa têm sido a explicação para a maior prevalência de insônia encontrada entre as mulheres. Essa diferença tende a ser menor quando a população estudada é mais jovem. 

    O uso de um questionário estruturado para avaliar a queixa de insônia é uma ferramenta importante, que auxilia o profissional de saúde na identificação de possíveis causas para o problema, ajudando a determinar a dimensão e o impacto sobre as funções de vida diária do paciente e colaborando para uma melhor caracterização da insônia. O modelo proposto neste trabalho pode ser utilizado para tal fim.

    É importante classificar a insônia quanto a sua duração. Observamos que quase todos os pacientes com insônia apresentavam esse problema há mais de 6 meses, provavelmente porque, como esses pacientes foram inseridos no nosso ambulatório em 2005 e nossa pesquisa se desenvolveu em 2006, perdemos, nesse intervalo, possíveis casos de insônia transitória e de curta duração. Apesar disso, é relativamente comum uma maior prevalência de insônia crônica, principalmente quando se trata de uma população mais idosa. A prevalência de insônia ocasional não tende a mudar com o avançar da idade.

    Fisiologicamente, há uma diminuição do tempo total do sono com o envelhecimento, com uma duração média de 6 horas, nas 24 horas do dia. Em nossa amostra, o tempo total de sono dos pacientes com insônia foi reduzido a 4,07 horas. Essa redução resulta em insatisfação, pois não corresponde a um tempo suficiente para um sono restaurador.

    Insônia não é apenas uma diminuição da quantidade de horas de sono, mas também uma piora da qualidade das horas dormidas. A avaliação do grau de insatisfação com a qualidade do sono deve ser questionada a todo paciente com insônia. Através do questionário aplicado, pode-se perceber o impacto negativo deste problema na qualidade de vida desses idosos.

    Os cochilos diurnos podem fazer parte do problema, ao reduzirem a urgência de dormir no horário convencional ou serem conseqüência de uma noite mal dormida. Mais da metade dos insones relatou cochilos diurnos, o que pode ter influência negativa na vida social desses pacientes e aumentar o risco de acidentes, como quedas. 

    Insônia pode ser considerada uma condição primária, mas pode coexistir com outras desordens ou ser considerada secundária a essas desordens. A maioria dos idosos sofre de uma ou mais doenças crônicas. Como descrito na literatura, várias dessas condições clínicas são consideradas fatores de risco importantes para o desenvolvimento de insônia.Deve-se sempre tentar determinar a causa de insônia, sabendo que ela pode estar associada a mais de um fator. No nosso estudo, foram considerados fatores de risco com significância estatística (p< 0,05): depressão, transtorno da ansiedade, incontinência urinária e prostatismo, osteoartrose, doença vascular periférica, demência, osteoporose, DPOC, dor crônica e DRGE. O grupo com insônia apresentou uma média de 5,56 fatores de riscos, três vezes mais que o grupo sem insônia, o que revela seu caráter multifatorial.

    O estado de tensão produzido por estresse, embora seja encontrado em qualquer idade, tem prevalência muito acentuada nos idosos. As três situações psiquiátricas mais associadas à insônia no idoso são depressão, ansiedade e demência. Mais de 90% dos quadros depressivos cursam com mudanças no ciclo sono-vigília, e cerca de 50% deles são acompanhados de insônia.Morte de amigos, perda do cônjuge, perda do espaço social, dificuldades financeiras, sentimentos de abandono por parte da família, limitações físicas próprias da idade, mudanças no status social, percepção da própria condição de saúde, vários são os motivos de alterações depressivas no idoso. A insônia nesses pacientes pode ser tanto inicial, intermediária ou terminal. Normalmente, salvo muitas exceções, a ansiedade é mais responsável por insônia inicial, ou dificuldade para conciliar o sono, e à insônia intermediária, proporcionando o ato de levantar no meio da noite e não conseguir dormir mais. É comum a associação de quadros depressivos com transtornos da ansiedade, e quem tem insônia tem probabilidade muito maior de desenvolver quadros de depressão e ansiedade.As síndromes demenciais também se apresentam comumente com desordens do sono, tanto na sua evolução natural, pela piora gradual da dependência funcional, como também por outros problemas apresentados por esses pacientes, como os distúrbios de comportamento. O diagnóstico de insônia em pacientes demenciados é de difícil caracterização pela anamnese, sendo os familiares e os cuidadores fundamentais para que se obtenha o maior número de dados. Este sintoma deve ser abordado de forma cuidadosa, e fatores desencadeantes que contribuem para a alteração do ciclo sono-vigília devem ser pesquisados, tais como: estado confusional agudo, desidratação, distúrbios eletrolíticos, infecções, constipação intestinal, dor crônica, cardiopatias. Na demência, ainda em seus estágios iniciais, pode haver inversão do ciclo circadiano, quando o paciente troca o dia pela noite. Esta inversão tem sido uma das principais causas de internação em instituições de longa permanência.A insônia nesses casos tem forte impacto negativo na qualidade de vida tanto dos pacientes quanto de seus cuidadores.

    Doenças genito-urinárias, como hiperplasia prostática benigna e incontinência urinária, podem levar a urgência urinária e despertares noturnos freqüentes, fazendo com que o paciente se levante várias vezes à noite para urinar.

    Doenças gastrointestinais, como a doença do refluxo gastroesofágico, cursa com tosse crônica e pirose noturna. As úlceras duodenais podem despertar o paciente à noite com uma dor intensa, conhecida como “clocking”. As úlceras gástricas levam à dor crônica em queimação, também perturbando o sono.

    Pacientes com doenças cardiovasculares também podem-se apresentar com insônia por interferência direta dos sintomas clínicos dessas doenças. Doença vascular periférica, arterial ou venosa, pode cursar com quadro álgico importante, dormência, câimbras e aumento da diurese noturna.

    Entre as doenças respiratórias, a doença pulmonar obstrutiva crônica está muito relacionada com a piora da qualidade do sono, por interferir diretamente no processo da respiração e por produzir, freqüentemente, dispnéia e tosse crônicas. 

    Doenças osteomioarticulares, como osteoartrose e osteoporose, prejudicam o ciclo do sono, principalmente por dor crônica, esforços posturais e dificuldade de acomodação. 

    Quadros de dor crônica, decorrentes, por exemplo, de doenças oncológicas, cursam freqüentemente com depressão e ansiedade.

    A insuficiência cardíaca descompensada leva a dispnéia paroxística noturna, tosse e maior diurese noturna, pela reabsorção dos edemas. O diabetes, doença metabólica muito prevalente na população, quando descompensado, pode-se apresentar com problemas urinários, que aumentam a freqüência urinária, despertando o paciente à noite. Complicações crônicas do diabetes, como neuropatia periférica, cursam com processos dolorosos que interferem diretamente na qualidade do sono.Esses dois fatores não tiveram significância estatística no nosso trabalho, provavelmente porque os pacientes da nossa população se apresentavam clinicamente compensados desses problemas no momento da avaliação.

    O álcool pode afetar a arquitetura normal do sono. Muitos fazem uso do álcool para melhorar a insônia. Quando o álcool é usado como hipnótico, ele pode inicialmente diminuir o tempo de latência do sono, mas produz, no decorrer da noite, uma maior fragmentação e diminuição do sono REM. Não foi encontrado nenhum caso de uso do álcool para esse fim em nosso trabalho. Substâncias estimulantes, como nicotina e cafeína, são notoriamente causadoras de insônia e deveriam ser evitadas. Cafeína, muito consumida na população em geral, é associada com aumento do período de latência do sono, redução da eficiência do sono e despertares espontâneos.  Consumiam uma quantidade relativamente grande de cafeína por dia (mais de três xícaras de café), 20,59% dos insones, e 8,82% destes eram fumantes. O uso dessas substâncias deveria ser desaconselhado para os indivíduos que sofrem de insônia.

    Pacientes com insônia tendem a fazer uso indiscriminado de medicações conhecidas como sedativos hipnóticos, como os benzodiazepínicos. Observamos uma alta prevalência do uso desses fármacos (55,88%) e, entre os que não estavam fazendo uso desse tipo de medicação, 46,67% já usaram em algum outro momento. Essas medicações, quando usadas cronicamente, induzem tolerância e dependência, aumentam o risco de quedas, pioram a apnéia do sono, diminuem a coordenação motora, levam a comprometimento da função mental, confusão e amnésia anterógrada, além de não conseguirem resolver o problema de insônia no longo prazo.

    As orientações sobre higiene do sono, oferecidas a todos os nossos pacientes insones, são consideradas estratégias efetivas no processo de intervenção não-farmacológica da insônia

    Podemos concluir que há uma alta prevalência de insônia crônica e secundária entre os idosos; que a privação do sono interfere de maneira negativa na qualidade de vida dessa população; e que o sucesso na avaliação e no tratamento da insônia depende da busca ativa dessa queixa e do conhecimento e correção de todos os fatores de risco relacionados ao problema, como depressão, transtorno da ansiedade, incontinência urinária e prostatismo, osteoartrose, doença vascular periférica, demência, osteoporose, DPOC, dor crônica e DRGE.

    Se você sofre com Insônia, marque uma consulta com nossa Terapeuta e cuide da sua saúde.


     

    Funções Executivas

    4 maio, 2023

    Funções executivas se referem a um conjunto de habilidades responsáveis pelo controle top-down do comportamento. Ou seja, essas habilidades atuam no controle e na regulação de outros processos comportamentais, o que inclui cognição e emoção e são requeridas sempre que o indivíduo se engaja em tarefas ou situações novas, para as quais não possui um esquema comportamental prévio ou automatizado, bem como na resolução de problemas e no estabelecimento de objetivos, sendo fundamentais ao seu funcionamento adaptativo no dia a dia.


    Um modelo bastante aceito na literatura recente e sugerido pelo estudo de Miyake et al.9 em 2000 considera que as funções executivas se constituem de três habilidades principais: inibição, memória de trabalho e flexibilidade cognitiva. A partir da integração dessas três funções executivas principais, outras habilidades surgiriam, como, por exemplo, planejamento, tomada de decisão, resolução de problemas e mesmo raciocínio, consideradas funções executivas complexas.
    A primeira das habilidades principais é a inibição ou controle inibitório. Essa habilidade permite ao indivíduo controlar comportamentos inapropriados, o que é referido como inibição de resposta ou autocontrole. Está também envolvida no controle dos processos de atenção e dos pensamentos, o que é designado como controle de interferência.

    Esse último, na medida em que permite inibir a atenção a estímulos irrelevantes, inclui também o conceito de atenção seletiva. A inibição é grandemente relevante em inúmeras tarefas e situações do dia a dia, pois provê ao indivíduo o controle de seus processos cognitivos, emocionais e comportamentais, suplantando o controle por eventos externos, reações emocionais automáticas, tendências prévias ou habituais. Dessa forma, o indivíduo se torna capaz de inibir impulsos, comportamentos inadequados, respostas automáticas ou prepotentes, assim como estímulos irrelevantes ou distratores, de modo que possa ponderar e pensar antes de emitir uma resposta.
    Esse componente se assemelha muito ao conceito de autorregulação, habilidade que permite o ajustamento e a adaptação do indivíduo, o que ocorre por meio do monitoramento, regulação e controle de seus estados motivacional, emocional e cognitivo. Para Diamond os conceitos de inibição e autorregulação se sobrepõem, sendo que o último incluiria também a ativação cognitiva, emocional e motivacional.
    Por sua vez, a memória de trabalho, segunda habilidade das funções executivas, refere-se à manutenção da informação em mente por tempo limitado e à habilidade de manipular mentalmente essa informação, seja atualizando os dados necessários a uma atividade, seja utilizando-os na realização da tarefa. Essa habilidade permite que o indivíduo possa relacionar ideias, integrar informações presentes com outras armazenadas na memória de longo prazo e lembrar sequências ou ordens de acontecimentos. Está, portanto, relacionada à memória sequencial e à projeção de sequências de ações no futuro, o que é fundamental, por exemplo, para a organização e o planeja- mento de comportamentos complexos.


    Por fim, a terceira habilidade das funções executivas é a flexibilidade cognitiva, que permite ao indivíduo adaptar-se às demandas do ambiente e adequar seu comportamento a novas regras. Envolve a habilidade de mudar o foco de atenção e de perspectiva e tem sido relacionada à criatividade. Assim, a flexibilidade possibilita que o indivíduo aborde um problema a partir de uma perspectiva diferente e possa gerar soluções alternativas ou novas, sem manter-se preso a padrões pré-estabelecidos de comportamento.
    Para se compreender a relevância dessas habilidades, pode-se recorrer aos resultados de Moffitt et al.. Os autores avaliaram e acompanharam 1.000 crianças em uma investigação longitudinal de 30 anos. Concluíram que aqueles com melhores habilidades executivas durante a infância tenderam a apresentar, quando adolescentes e adultos, menores taxas de evasão escolar, menor propensão ao abuso de substâncias e envolvimento em crimes, melhores índices de saúde (física e mental) e maior sucesso profissional. Ou seja, as funções executivas na infância podem predizer índices tão relevantes quanto os de saúde, prosperidade e criminalidade, três décadas
    depois. Isso mostra o quão importante é o estudo de tais habilidades e seu adequado desenvolvimento.


    O papel das funções executivas para a aprendizagem também tem sido destacado recentemente, havendo não apenas evidências da relação entre essas habilidades e o desempenho escolar, mas também dados acerca da importância dessas habilidades para as competências de leitura e matemática. Isso torna imprescindível a consideração das habilidades executivas e sua avaliação frente à queixa de dificuldade de aprendizagem. Instrumentos têm sido desenvolvidos, adaptados e validados no contexto nacional para lidar com essa demanda.
    Para além de seu papel na aprendizagem, alterações nas funções executivas têm sido documentadas em diversos quadros (veja Dias et al para uma revisão de alterações nessas habilidades na infância e adolescência), como Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), abuso de substâncias, quadros sindrômicos, como Síndrome de Down e Síndrome de Prader-Willi, Transtornos do Espectro do Autismo, entre outros. Recentemente, porém, alterações nessas habilidades têm sido encontradas em crianças e adolescentes na ausência de qualquer quadro diagnóstico. Ou seja, em alguns casos, essas habilidades podem não estar se desenvolvendo adequadamente. Essa constatação coloca duas importantes questões, as quais este artigo buscará responder:


    1) Qual o desenvolvimento normal das funções executivas? É necessário conhecer o desenvolvimento de tais habilidades para que se possam identificar alterações nesse curso?, 2) É possível promover o desenvolvimento dessas habilidades? Se sim, como?

    Deixe seu comentário aqui. 

    @psico_pedagogacss


     

    AUTOESTIMA E OBESIDADE

    23 março, 2023

    A Autoestima é um dos temas mais importante no que refere a obesidade, porque promove as maiores mudanças em nossas vidas.

    A Autoestima é a visão positiva que temos de nós mesmos e a confiança que sentimos como resultado desse ponto de vista. Já a autoestima baixa geralmente está relacionada a falsos valores.

    Existem muitos fatores que afetam nossa autoestima desde a infância:

    • A forma como fomos criados
    • As experiências que passamos
    • Como os outros nos trataram
    • Traumas que vivemos
    • Etc

    Mesmo depois de adultos, nossa autoestima pode ser afetada, após passarmos por situações difíceis como o divórcio, perda de um emprego, diminuição da renda, depressão, abuso emocional/sexual,morte de um ente querido, etc.

    Dicas de tratamento

    Aproveite para dar-se um pouco mais de amor e atenção, ao colocar em prática os exercícios sugeridos.

    Abaixo estão alguns dos fatores que determinam nosso nível de autoestima:

    • Seu propósito na vida
    • Quão bem sucedido(a) você pensa ser
    • Quão eficaz e realizado(a) você se sente no trabalho
    • O que você valoriza em si mesmo(a)
    • Sua percepção de seus pontos fortes e fracos
    • Seu nível de independência e capacidade de cuidar de si mesmo

    Todos nós já passamos por momentos de dúvidas sobre quem somos, o porquê estamos aqui, que valor temos, qual é o nosso propósito aqui neste mundo, etc. O importante é ficarmos nossa atenção em aumentar nosso amor próprio, pois isso será crucial para o sucesso em alcançar e/ou manter um peso saudável.

    obesidade é um dos principais problemas de saúde do mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). A obesidade não deve ser tratada por razões estéticas, ainda que esta seja a principal motivação para a maior parte das consultas.

    Pessoas obesas têm um risco aumentado de doenças como diabetes, apneia do sono, dislipidemia (aumento do colesterol), hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e, até mesmo, alguns tipos de câncer, e evitar essas condições é o principal objetivo do tratamento.

    Prevenção

    Para prevenir o ganho de peso e a obesidade, várias medidas são necessárias. As mais importantes são:

    • exercícios regulares: pelo menos 30 minutos por dia de atividades físicas moderadas como caminhada rápida e natação;
    • dieta saudável: consumir alimentos densos em nutrientes como legumes. frutas e vegetais, além de evitar bebidas alcoólicas, doces, alimentos processados/industrializados;
    • monitorar seu peso regularmente: fique atento às roupas, elas são um bom parâmetro de avaliação!



    @claudiaterapeuta12

     

    REEDUCAÇÃO ALIMENTAR

    23 março, 2023

    Benefícios da reeducação alimentar

    O principal benefício da reeducação alimentar que pode ser notado logo nos primeiros meses após o início do processo é o emagrecimento.

    Uma perda de peso só é possível ingerindo menos calorias do que o corpo gasta, ou seja, gerando um déficit calórico. A mudança nos hábitos alimentares, baseada em refeições menos calóricas, mais coloridas e equilibradas, trará esse déficit necessário para emagrecer.

    Só que esse não é o único efeito vantajoso da dieta. Outros benefícios também podem ser usufruídos da reeducação alimentar. Veja quais são abaixo:

    Melhora nos cabelos, unhas e pele

    Quem não sonha com cabelos, unhas e pele saudáveis? O aspecto opaco dos fios, unhas quebradiças e uma pele ressecada e sem vida podem ser sinais que o seu organismo está com falta de nutrientes importantes, como a vitamina A, C, B7 e os ácidos graxos Ômega 3, que são essenciais para a boa aparência dessas três partes do corpo.

    Uma reeducação alimentar, que preze pelo aumento da ingestão de alimentos ricos em vitaminas e minerais, abastecerá o organismo com esses nutrientes fundamentais e fortalecerá as unhas, deixará a pele mais saudável e viçosa e os cabelos fortes e com vida.

    Sistema imunológico fortalecido

    A deficiência de nutrientes pode afetar a imunidade e deixar a pessoa mais suscetível a resfriados, gripes e outras doenças.

    O aumento do consumo de alimentos ricos em vitamina C e outros antioxidantes naturais ajudará a reforçar o sistema imune, protegendo a saúde.

    Aumenta a saciedade e reduz a fome

    Apesar de não existir uma lista com alimentos proibidos na reeducação alimentar, porque ela é mais um estilo de vida do que dieta, o fato de aumentar o consumo de fibras, fontes de proteínas e diminuir a ingestão de carboidratos – que aumentam a sensação de fome e viciam -, o indivíduo se sentirá saciado por mais tempo, diminuindo a fome e ajudando a controlar a compulsão por comer.

    Mais energia e disposição

    Com um aporte de nutrientes muito melhor do que antes, o aumento da energia e da disposição poderá ser notado com o passar do tempo da reeducação alimentar.

    Com isso, ficará muito mais fácil realizar as tarefas do dia a dia, iniciar uma atividade física e aumentar a qualidade de vida.

    Diminui o risco de doenças

    Diversos estudos, inclusive conduzidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mostraram que bons hábitos alimentares, baseados no consumo de comidas naturais, com mais leguminosas, grãos e vegetais no prato, está ligado a um menor risco de mortalidade causado por doenças cardiovasculares, doenças crônicas (hipertensão, diabetes, obesidade, etc.), doenças renais crônicas e até mesmo por câncer.

    Nesse último, vale lembrar que o consumo elevado de embutidos, processados e de carne vermelha estão diretamente ligados ao surgimento de alguns tipos de câncer, como o câncer de cólon.

    Por essa razão, a reeducação alimentar é um bom começo para evitar esses problemas.



    @psico_pedagogacss

     

    Depressão em Criança e Jovens

    15 dezembro, 2022

    Normalmente, se pensa que o período da infância e adolescência é um período livre de medos, preocupações e tristezas, mas crianças e jovens, segundo estudos atuais, podem apresentar Depressão.

    Estudos epidemiológicos reportam uma prevalência para o Transtorno Depressivo de 4,8% em crianças de 6 a 12 anos e 14,7% em adolescentes de 13 a 17 anos.

    A Depressão difere da tristeza, pois causa prejuízos à vida do indivíduo portador desta síndrome. A tristeza é uma forma de simples de afeto, uma maneira de demonstrarmos nossas emoções, causadas por um luto qualquer. Tristeza não leva a incapacidades, tem um tempo cincunscrito, diferentemente da Depressão, que pode durar alguns meses ou a vida toda.

    Há aproximadamente vinte anos, não se falava em Depressão em crianças e adolescentes, pois muitos clínicos tinham dificuldades para muitos clínicos tinham dificuldade para separar os sentimentos de depressão das respostas semelhantes, adequadas às situações terríveis da Síndrome Depressiva, hoje com a nomenclatura de Transtorno de Ajustamento com Humor Depressivo, segundo o Manual Diagnóstico em Estatístico de Doenças Mentais (DSM-V)

    Demonstrações de tristeza de uma criança em função de perdas ou manifestações de irritabilidade ( não controlar raiva devido a frustrações) são, em grande parte , afetos normais, passageiros, não necessitando de uma intervenção clínica; a intensidade, a persistência, com prejuízos sociais, familiares e escolares, podem ser indícios de uma Síndrome Depressiva.

    Sintomas

    O aspectos clínicos da Depressão infanto-juvenil caracterizam-se da seguinte forma:

    • Humor disfônico ou Irritabilidade
    • Perda de interesse ou da Habilidade de sentir prazer
    • Perda de energia
    • Agitação
    • Sentimentos de desvalia e de abandono
    • Pensamentos mórbidos e lentificados,
    • Queixas somáticas ( cefaleia, dores gástricas),
    • Ansiedade
    • Obesidade
    • Anorexia
    • Insônia
    • Hipersônia
    • Condutas inadequadas
    • Choro
    • Aparência triste
    • Auto agressividade
    • Queda no rendimento escolar

    Avaliação e Tratamento

    O tratamento atual para Depressão em crianças e adolescentes inicia-se com uma avaliação detalhada para afastar possíveis causas orgânicas para o aparecimento dos sintomas. É imprescindível avaliar o comportamento da criança em casa e na escola.

    Qualquer dúvida sobre o assunto, nos procure, deixe seu comentário aqui e responderemos assim que possível.

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    Autismo em Adultos

    29 novembro, 2022

    O autismo em adultos pode parecer improvável, mas é bastante possível que as pessoas cheguem à fase adulta e não saibam que convivem há anos com o TEA ( Transtorno do Espectro Autista)isso se deve ao fato de esses indivíduos não manifestarem características moderadas ou severas do distúrbio.

    • A situação não é tão simples como parece. Muitas vezes, as pessoas vivem normalmente, realizam atividades que fazem parte do que é considerado normal: trabalham, estudam, prestam concursos públicos, convivem em sala de aula regular e constituem famílias.
    • É verdade que ao longo de sua vida, alguns traços ganham evidências. É comum que essas pessoas sejam bem inteligentes e consigam resolver determinadas situações. Além disso, a capacidade cognitiva delas permitem sua autonomia. Contudo, é importante salientar a dificuldade que elas podem ter para manter uma interação com seu interlocutor, contato visual, etc.
    • Não são poucas as vezes em que o autismo em adulto passa despercebido. Isso acontece também porque as pessoas que se encaixam nesse grupo são, muitas vezes, apenas consideradas tímidas, o que não abre espaço para uma investigação mais detalhada.

    De fato, existem chances reais de uma pessoa adulta ficar sabendo de seu diagnóstico. No entanto, podemos explicar que isso só se torna possível, muitas vezes, quando os pais levam seus filhos ao médico para analisar um possível caso de autismo infantil.

    Durante uma conversa, o especialista começa a investigar o histórico familiar do paciente. A partir desse contato, os pais se abrem mais e falam sobre alguns traços de seus comportamentos. O profissional cruza os sintomas manifestados pelos pequenos e pelos adultos. Assim, ele observa os indicativos que demonstram a incidência do autismo leve no pai ou na mãe.

    O autismo adulto pode ser identificado também em situações onde o homem ou a mulher demonstra determinadas características comportamentais. Vejam quais são elas:

    – Dificuldade em entender discursos;

    – Entender contextos, situações afetivas e emocionais que envolvam comunicação olho no olho, gestos, olhares;

    – Pouca compreensão para entender o uso de algumas palavras em duplo sentido;

    – Hiperfoco em ferramentas, instrumentos, mecanismos tecnológicos e coisas materiais;

    Existem mais situações em que as pessoas podem conviver com o autismo e não sabem. Nesse caso, esses comportamentos passam despercebidos, a saber:

    – Quando o indivíduo é extremamente ingênuo;

    – Quando não desconfiam de determinados sinais sociais;

    – Quando possuem linguagem direta;

    – Não sabem falar de maneira mais delicada e utilizam linguagem direta;

    – Quando tem certa obsessão por seguir regras, rotinas, detalhes sequenciais de tarefas;

    – Irritam-se facilmente quando as coisas saem da rotina;

    – Outros.

    Com o acesso à informação acerca das características presentes no autismo, as pessoas conseguem obter formas de receber o diagnóstico. No entanto, é importante salientar que somente com auxílio de um profissional é que a resposta deve ser considerada. Procure por ajuda com especialistas e veja o que pode ser feito.

    @psico_pedagogacss

     

    Idoso precisa de Psicopedagoga(o)?

    29 novembro, 2022

    Você sabia que a partir dos 40 a 50 anos o ser humano já começa a ter  gradativamente o armazenamento de dados do cérebro mais lento. Isso já é comprovado cientificamente. Por isso, que a psicopedagogia de adultos e idosos trabalha com o processo de reabilitação cognitiva, preventiva e interventiva.


    Como sabemos, o processo de aprendizagem é para vida inteira, porém o cérebro precisa ser estimulado para se manter saudável e quando é ativado suas conexões neurais melhora suas funções.


    Nosso trabalho está associado de modo preventivo e interventivo nos processos das perdas do desempenho das habilidades da memória, da linguagem, raciocínio, trazendo com tudo isso o bem-estar por estar ativo e participativo com o meio em que vive.


    Trabalhamos também com a intervenção clínica com portadores de Alzheimer, pois nosso trabalho visa uma qualidade de vida no envelhecimento humano, trabalhando de forma constante na estimulação cognitiva para que possamos prevenir a degeneração e preservando por mais tempo a memória do idoso.



    Após uma avaliação individual com o paciente ou com a família, será então realizado uma plano terapêutico, para que a partir daí seja direcionado as atividades e possamos seguir com o plano de intervenção do idoso, para que então ele possa alcançar uma qualidade de vida.


    Qualquer dúvida, fale conosco pelo whatsapp.


    @psico_pedagogacss

     

    Como identificar TDA?

    7 novembro, 2022

    Quando há demanda na desatenção

    • Seis ou mais dos seguintes critérios durante pelo menos  seis meses,em um grau que é inconsistente com um nível de desenvolvimento e tem impacto negativo nas atividades sociais e acadêmicas/ profissionais.
    • Frequentemente não presta atenção em detalhes ou comete erros por descuidos no trabalho ou em outras atividades. Em tarefas escolares, na escola, com erros frequentes em tarefas simples. Ex: deixa passar detalhes, no trabalho é impreciso.
    • Frequentemente tem dificuldades de manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas. Ex: Não mantem o foco em aula, conversas longas, ou leituras prolongadas.
    • Frequentemente parece não escutar quando alguém  se dirige a palavra diretamente. Ex: parece estar com a cabeça longe.
    • Frequentemente tem dificuldade de organizar tarefas ou atividades. Ex: mau gerenciamento de tempo, dos objetos pessoais, e dificuldades de cumprir prazos.
    • Frequentemente reluta em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado, não gosta delas ou evita-as. Ex: trabalhos escolares, ou lições de casa.
    • Frequentemente perde coisas necessárias para tarefas e ou atividades. Ex: materiais escolares, lápis, instrumentos, carteiras, chaves, documentos, etc.
    • Com frequência é esquecido em relação a atividades cotidianas. Ex: realizar tarefas, obrigações. Para adolescentes mais velhos e adultos, pode estar relacionados a retornar ligações, pagar contas, e manter horários agendados.


     

    Psicopedagogia para empresas

    2 novembro, 2022

    A psicopedagogia é uma área que estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades e que, numa ação profissional, deve integrar vários campos do conhecimento com o objetivo de compreender esse processo e os problemas encontrados. O foco de atenção do psicopedagogo, é a reação do sujeito diante das tarefas, considerando resistências, bloqueios, lapsos, hesitação, repetição e sentimentos de angustia. Atualmente, a psicopedagogia refere-se a um saber e a um saber-fazer, às condições subjetivas e relacionais, em especial familiares e escolares, às inibições, atrasos e desvios do sujeito ou grupo a ser diagnosticado.




     

    Entendendo o Autismo (TEA)

    1 novembro, 2022

    O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) reúne desordens do desenvolvimento neurológico presentes desde o nascimento ou começo da infância. São elas: Autismo Infantil Precoce, Autismo Infantil, Autismo de Kanner, Autismo de Alto Funcionamento, Autismo Atípico, Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação, Transtorno Desintegrativo da Infância e a Síndrome de Asperger.

    Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência mundial de critérios para diagnósticos), pessoas dentro do espectro podem apresentar déficit na comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbal ou não verbal e na reciprocidade socioemocional) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais. Todos os pacientes com autismo partilham estas dificuldades, mas cada um deles será afetado em intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares. Apesar de ainda ser chamado de autismo infantil, pelo diagnóstico ser comum em crianças e até bebês, os transtornos são condições permanentes que acompanham a pessoa por todas as etapas da vida.


    As causas do TEA não são totalmente conhecidas, e a pesquisa científica sempre concentrou esforços no estudo da predisposição genética, analisando mutações espontâneas que podem ocorrer no desenvolvimento do feto e a herança genética passada de pais para filhos. No entanto, já há evidências de que as causas hereditárias explicariam apenas metade do risco de desenvolver TEA. Fatores ambientais que impactam o feto, como estresse, infecções, exposição a substâncias tóxicas, complicações durante a gravidez e desequilíbrios metabólicos teriam o mesmo peso na possibilidade de aparecimento do distúrbio.


    O TEA afeta o comportamento do indivíduo, e os primeiros sinais podem ser notados em bebês de poucos meses. No geral, uma criança do espectro autista apresenta os seguintes sintomas:

    • Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, expressão facial, gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos;
    • Dificuldade na comunicação, optando pelo uso repetitivo da linguagem e bloqueios para começar e manter um diálogo;
    • Alterações comportamentais, como manias, apego excessivo a rotinas, ações repetitivas, interesse intenso em coisas específicas, dificuldade de imaginação e sensibilidade sensorial (hiper ou hipo).

    O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 rotula estes distúrbios como um espectro justamente por se manifestarem em diferentes níveis de intensidade. Uma pessoa diagnosticada como de grau 1 de suporte apresenta prejuízos leves, que podem não a impedir de estudar, trabalhar e se relacionar. Um indivíduo com grau 2 de suporte tem um menor grau de independência e necessita de algum auxílio para desempenhar funções cotidianas, como tomar banho ou preparar a sua refeição. Já o autista com grau 3 de suporte vai manifestar dificuldades graves e costuma precisar de apoio especializado ao longo da vida.

    Por outro lado, o diagnóstico de TEA pode ser acompanhado de habilidades impressionantes, como facilidade para aprender visualmente, muita atenção aos detalhes e à exatidão; capacidade de memória acima da média e grande concentração em uma área de interesse específica durante um longo período de tempo.

    Cada indivíduo dentro do espectro vai desenvolver o seu conjunto de sintomas variados e características bastante particulares. Tudo isso vai influenciar como cada pessoa se relaciona, se expressa e se comporta.



    @PSICO_PEDAGOGACSS




     

    SAÚDE MENTAL

    31 outubro, 2022

    Nós vivemos num mundo, cheio de correrias, problemas, alegrias, trabalhos, dores de cabeça, enfim… O ser humano está acostumado com o movimento do dia a dia, mas não está acostumado a perder.

    Independente de Alzheimer e outras doenças que aparecem com o tempo, uma coisa é certa: o cérebro de todo mundo vai envelhecer e sofrer pelo menos um pouco com isso.

    O que inclui, claro, a memória. “A partir dos 35 anos, nossa velocidade de processamento diminui, então algumas pessoas podem perceber já por volta dessa idade os primeiros sinais de esquecimento ou demora para se lembrar de alguma informação”, aponta Eduardo Mutarelli, neurologista e coordenador do Núcleo de Neurociência do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo….

    A boa notícia é que esse processo pode ser adiado e até revertido em certa medida. O segredo parece estar em manter a mente ativa e estimulada. “O que acreditamos hoje é que, se usarmos táticas que desafiem a capacidade de resposta do cérebro, conseguimos deixá-lo mais ágil para se adaptar a essas alterações do envelhecimento”… –

    Faça yoga ou medite…

    Um estudo recente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein revelou que fazer yoga regularmente pode preservar áreas do cérebro relacionadas à memória.

    O trabalho analisou 42 idosas com os mesmo hábitos e condições de saúde e viu que, entre as adeptas, o córtex pré-frontal era mais espesso.  

    “Essa é uma região nobre, relacionada a funções como a memória de trabalho, que guarda informações importantes em um curto espaço de tempo”, comenta Rui Afonso, pesquisador da instituição e autor principal da pesquisa.  

    As mulheres estudadas praticavam o hatha-yoga, modalidade que inclui também exercícios de respiração e meditação, há oito anos, pelo menos duas vezes por semana…

    Mexa-se...

    É uma das melhores maneiras de não sucumbir aos apagões. “A atividade física está associada a formação de novos neurônios e a uma melhora da resposta cardiovascular, o que também é importante para o cérebro, que depende do bom fluxo sanguíneo”, destaca Scavone. Além disso, o exercício regular pode aumentar o volume do hipocampo, área que armazena e processa as memórias. “As atividades aeróbicas, como correr e nadar, parecem ser as mais benéficas neste sentido, mas é interessante combiná-las também com exercícios de resistência, como pilates e musculação”, orienta o neurocientista Pedro Calabrez, pesquisador do Instituto de Neurociências Aplicadas da Universidade Federal de São Paulo…

    Malhe a mente…

    Ela não pode ficar de fora da rotina de exercícios. Vale palavras cruzadas, sudoku, xadrez e outros jogos que provoquem o intelecto, incluindo o videogame. “Mas se você já está habituado a alguma dessas atividades, busque outras. Preservamos o cérebro por mais tempo quando somos confrontados constantemente com novos desafios”, explica Calabrez….

    Nunca pare de aprender…

    Quando aprendemos algo, novas conexões se formam entre os neurônios e a memória é exercitada como nunca, afinal de contas, precisamos ouvir, processar e armazenar informações inéditas. Por isso, não importa tanto o que se vai estudar, desde que seja algo diferente do que você já viu ou sabe, e que esse estímulo seja constante. Pelo mesmo motivo, a leitura é outro hábito indispensável….

    Enriqueça o cardápio…

    A lista de ingredientes benéficos é longa, mas merece destaque a dieta mediterrânea, uma das principais aliadas do cérebro.

    “Ela inclui azeite, grãos, legumes e verduras, mas principalmente prioriza o peixe ao invés da carne vermelha”, elenca Mutarelli. O consumo regular de peixe, cerca de três vezes por semana, dá para o corpo um bom aporte de ômega 3, gordura do bem que é amiga da memória.

    Um estudo realizado pela Universidade de Alberta mostrou que, quando essa substância está presente em quantidade suficiente no cérebro, as células do hipocampo se comunicam melhor. …



     

    ARTETERAPIA

    30 outubro, 2022


    Arteterapia

    é uma prática terapêutica que tem como objetivo conduzir o cliente, individualmente ou em grupo, ao conhecimento de si mesmo. Visa a estimular o crescimento interior, abrir novos horizontes, ampliar a consciência do indivíduo sobre si e sobre sua existência e o desenvolvimento da personalidade. É utilizada por pessoas que experienciam doenças, traumas, dificuldades na vida ou que buscam melhorar a autoestima, lidar melhor com sintomas de estresse e experiências traumáticas, desenvolver recursos físicos, cognitivos e emocionais e desfrutar do prazer vitalizador do fazer artístico. Por ser bastante transformadora, pode ser praticada por crianças, adolescentes, adultos, idosos, por pessoas com necessidades especiais, doentes ou saudáveis.


    Durante a sessão de arteterapia a pessoa é convidada a explorar aspectos do seu consciente ou inconsciente por meio da expressão artística (pintura, desenho, modelagem, escultura, poesia, dança, etc). Variados autores definiram a Arteterapia, todos com conceitos semelhantes no que diz respeito à auto-expressão.A Arteterapia tem como principal objetivo atuar como um catalisador, favorecendo o processo terapêutico, de forma que o indivíduo entre em contato com conteúdos internos e muitas vezes inconscientes, normalmente barrados por algum motivo, assim expressando sentimentos e atitudes até então desconhecidos. Arteterapia é benéfico para pessoas de qualquer idade, sendo utilizado tanto para o auto-conhecimento e auto-expressão, como também nos casos de doenças mentais. A Arteterapia resgata o potencial criativo do homem, buscando a psique saudável e estimulando a autonomia e transformação interna para reestruturação do ser.


    Blog: construindoosaber2107.blogspot.com


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    #construindoosaber21 #terapiacognitivacomportamental #psicopedagogiaclinica

    @psico_pedagogacss

     

    Autismo Infantil

    29 outubro, 2022

    Autismo: também conhecido por Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social, assim como pela presença de comportamentos e interesses repetitivos ou restritos.


    O autismo não é tudo igual e existem vários graus, com intensidade dos sintomas maior ou menor.


    É possível que alguns autistas enfrentem dificuldades de aprendizado, enquanto outros podem ter uma vida aparentemente “normal”, mas ainda assim sentirem que não se “encaixam” na sociedade, especialmente pelas dificuldades de socialização.

    Veja os tipos de autismo mais comuns e suas principais características:

    1- Síndrome de Asperger.
    2- Transtorno Invasivo do Desenvolvimento.
    3- Transtorno Autista
    4- Transtorno Desintegrativo da Infância.

    Nível 1 (Leve)

    Nível 2 (Médio) 

    Nível 3 (Grave)


    @psico_pedagogacss

     

    TDA -,TDAH

    29 outubro, 2022

    Você já ouviu falar sobre TDAH?

    Antes de entender o que é o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, conhecido como TDAH. É fundamental ter sempre em perspectiva o fato de que nem toda criança, adolescente ou adulto que apresenta sinais de agitação (hiperatividade), desatenção e/ou impulsividade tem TDAH.

    transtorno de déficit de atenção e hiperatividade é uma doença neuropsiquiátrica crônica, que se inicia na infância, mas que pode acompanhar o indivíduo ao longo de seu desenvolvimento. Muitos adolescentes e adultos deixam de manifestar os sintomas do TDAH naturalmente conforme se desenvolvem.

    Mas cerca de 50% das pessoas com o transtorno continuam manifestando os sintomas do TDAH ao longo da vida adulta.

    Esse é um transtorno que consiste num distúrbio neurológico ocasionado por fatores genéticos, caracterizados por comportamentos de desatenção e Hiperatividade.
    ✨ Além disso, 3% a 6% da população mundial sofre com esse transtorno.
    ✨ O TDAH é reconhecido pela OMS Organização Mundial da Saúde, e não é considerado doença. Portanto, não tem cura. Porém tem como os sintomas serem amenizados por meio de tratamento.

    Características do TDAH

    ✨É caracterizada por diversos sintomas, como desatenção (incapacidade de resistir a estímulos irrelevantes, o que dificulta a concentração por um longo tempo e, portanto, a manutenção de um “trabalho consistente” em uma tarefa, por um período mais ou menos longo) .

    ✨ Além disso, há hiperatividade (alto nível de atividade motora) e impulsividade (dificuldade de autocontrole em suas emoções, pensamentos e comportamentos), que ocorrem com maior intensidade e frequência do que o esperado para sua idade e nível de desenvolvimento, em tal forma que interfere negativamente em seu aprendizado e / ou comportamento. É perfeitamente possível que uma criança, adolescente ou adulto com TDAH tenha uma vida normal, sendo plenamente capaz de estudar, trabalhar, construir relacionamentos, etc.

    Dessa forma, apesar dos desafios impostos pelo TDAH, os pacientes têm também talentos excepcionais e podem atingir grandes resultados com apoio e os recursos adequados.




     

    Quando procurar um psicopedagogo?

    29 outubro, 2022

    Quando procurar um psicopedagogo?

    ✨O psicopedagogo é o profissional da psicopedagogia, área do conhecimento que une a psicologia e a pedagogia. O foco desse profissional é desvendar o processo de aprendizagem humana para corrigir déficits e dificuldades de reter informação. 

    ✨Esse processo é influenciado por uma diversidade de fatores: ambientais, cognitivos, emocionais e afetivos – uma mistura de elementos internos e externos. Quaisquer interferências podem perturbar a maneira como as pessoas retém conhecimento. 

    ✨Quando sinais de interferência na aprendizagem forem notados, já é possível buscar um psicopedagogo.

    ✨Embora esses profissionais estejam associados predominantemente às crianças e adolescentes, adultos também podem precisar de avaliação psicopedagógica. Quando os problemas para aprender não são notados e/ou tratados na infância, eles tendem a se alastrar para a adolescência e, consequentemente, a vida adulta. 

    ✨O indivíduo pode acreditar que possui uma inaptidão inerente para os estudos ou para realizar determinadas atividades cotidianas. Geralmente, esses adultos são inseguros e submissos. Ao contrário do que pensam, a sua dificuldade para aprender pode ser corrigida ou minimizada com o atendimento psicopedagógico. 




    @psico_pedagogacss

     

    Atendimento Psicopedagógico p/ idosos

    27 outubro, 2022

    O atendimento psicopedagógico por ter olhares duplos, ou seja, atentos aos aspectos emocionais e cognitivos do ser humano, pode contribuir muito para que a tão falada terceira idade não se resuma a uma experiência de ociosidade e de isolamento, mas ao contrário, represente inúmeras possibilidades de realizações pessoal, interpessoal e social.

    A estimulação cognitiva é um processo de mudança que visa estimular e, em alguns casos, reabilitar as funções físicas, psicológicas e sociais do indivíduo, tais como: funções cognitivas: memória, atenção, percepção, linguagem, criatividade e inteligência.  Nos idosos, a estimulação cognitiva, tem como objetivo ajudar pacientes e familiares a conviver ou superar os déficits cognitivos e as limitações emocionais, ambientais e sociais, proporcionando melhora na qualidade de vida, incluindo melhor interação social.

    Sendo assim, o procedimento psicopedagógico ocorre da seguinte forma: No primeiro atendimento ocorre uma entrevista de contato para conhecer o perfil do  paciente, as necessidades, as condições de desempenho e os interesses do paciente. A partir desse primeiro contato, é possível traçar um planejamento de atividades entre uma ou duas vezes por semana. 

    Tendo como objetivo traçar um planejamento personalizado para cada cliente.